sábado, 13 de dezembro de 2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

FIM DE ANO COMBATENTES


Ementa :

Mesa de entradas:
Salgadinhos variados, Tábua de queijos e enchidos, Azeitonas aromatizadas, Tostinhas com patês (canapês simples), àguas, Sumos, Vinhos branco e tinto, Bebidas de apiritivos:

Sopa:
Sopa Juliana e Creme de marisco

Prato Principal (servido à mesa)
Bacalhau c/ molho de camarão e amêijoa, acompanhado de ducheses e bróculos

Mesa de Sobremesas:
Doces variados e laminados de fruta.

Buffet Livre de Frios e Quentes:
Lombo recheado, Panados de frango, Salgadinhos variados, Leitão, Salada de polvo, Batatas pala-pala, Moelas, Favinhas, Cogumelos, Salteados, Feijão frade, Arroz de feijão, Misto de queijo, Presunto para fatiar, Misto de enchidos, Patê de queijo, Pinhas de camarão.

Café e Digestivos:
Regionais e outros


24:00 Horas:
Espumante e Passas

1:00 Horas
Caldo Verde

2:30 Horas
Chocolate Quente


Preço Por Pessoa:
Adulto: 35 Paus
Crianças de 5 a 12 anos: 20 Paus
Até 5 Anos: Grátis

Marcações:
António Vasconcelos: 964861328
Zé Gomes: 963018181
Email: combatentes.arganil@hotmail.com

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Os Combatentes do Prazo amainaram as contas com um magusto

Os débitos que a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil tinha contraído com as obras a requalificação do Memorial eram ainda de uns milhares de euros e há tempo chamava a atenção para que os Combatentes e amigos se reunissem na sede para conviver do Bairro do Prazo através de um magusto e com esse gesto se reunissem alguns euros para colmatar as despesas que ainda faltam pagar.




Dias depois, passando pela loja do tesoureiro da Associação, José Gomes, este passou-me o resultado do convívio, o qual não foi mau e denotou que a união continua cimentada entre combatentes, pois as despesas apenas atingiram cerca de 80 euros, enquanto o total adquirido atingiu 200 muitos euros. Como ainda há um débito de 300 euros, que haja mais boas vontades, porque a Associação do Prazo merece e agradece.
Como vêem, caros amigos, este é que é o voluntariado puro, que trabalha para bem da colectividade e da terra, que só olha a meios para bem de uma imagem, que é o Combatente, que os Governos o têm esquecido, sobretudo os que precisam de ajuda. Como há dias vi e ouvi, a frase de um Combatente é bem elucidativa, porque têm considerado os Combatentes como garrafas de cerveja: 
"depois de bebidas… deitam-se fora… já não prestam, não valem nada".

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Em Dia de Todos-os-Santos Combatentes em seis frentes: de paz e de memória


A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil desde que se formou, as suas direcções não têm deixado passar despercebida a visita a locais que marcam a memória de militares que tombaram em defesa da Pátria, no então Ultramar Português, bem como aos que entretanto faleceram, estes que jazem nos cemitérios de Côja e Vila Cova do Alva, aqueles lembrados através dos memoriais que existem em Arganil, Abrunheira (S. Martinho da Cortiça) e em Pomares.
Após uma secção da Associação se ter deslocado ao Memorial do Sobreiral, onde depositou uma palma de flores, e nos demais se ter feito o mesmo gesto, com a leitura dos nomes nele inseridos e gritado «Presente!», na Abrunheira esteve presente a Junta de Freguesia, através dos seus presidente e secretário, respectivamente Rui Franco e Manuel Fidalgo, em Côja e Vila Cova do Alva, depuseram-se flores em campas de três militares entretanto falecidos.


Em Pomares, junto ao memorial, no Miradouro de Santa Luzia, esperava a «secção militar» arganilense o presidente da Junta de Freguesia, Armando Nascimento e muito povo, entre o qual alguns familiares dos que foram lembrados.
E após algumas palavras quer na primeira visita, quer na segunda, houve palavras de circunstância, pondo em relevo o gesto que a Associação mantem viva, em não deixar esquecer este simbolismo de grande importância, sobretudo em termos humanos e de história, pois o papel do Combatente Português é será sempre uma marca que vingará através dos tempos, o que, aliás, já vem dos tempos dos Descobrimentos.

Valado esperava-nos. Núcleo populacional da União de Freguesias de Cerdeira e Moura da Serra, iria acontecer novo acto, mas de uma forma particular, com a  deposição de um ramo de flores na placa toponímica que dá o nome do 1.º Cabo Telegrafista José Henriques Pedro, ao principal Largo da aldeia, situado logo à sua entrada, falecido em Moçambique, no dia 25 de Maio de 1967, estando sepultado no cemitério de Mueda.
Como sendo a primeira vez que este militar valadense era lembrado de forma mais ampla, teve a presença de muitas pessoas, a maior parte vinda para passar o Dia de Todos-os-Santos e manter a tradição com o habitual magusto e almoço de convívio, e que assim aproveitaram para prestar sentida homenagem ao seu conterrâneo, incluindo familiares, particularmente sobrinhos, filhos da irmã Dorinda, falecida recentemente.
Perante a placa, o presidente da Associação, António José Travassos de Vasconcelos, que teceu algumas palavras sobre o momento, também o tenente-miliciano Manuel Silva, soube discernir bem o que foi e o que é presentemente o Combatente na sociedade portuguesa, com palavras bem claras e justas quanto à sua condição de também ele ter sido combatente em terras de Moçambique, onde as palavras amizade e fraternidade foram sempre as que mais pronunciou enquanto comandante, e cuja ligação, entre todos, jamais poderá ser desmembrada, pois nem a morte «nos poderá separar», enquanto viventes.
Também o sobrinho do José Pedro, Vítor Pedro Nunes, juiz em Setúbal, com a esposa e  filho, sua irmã, sobrinhos e cunhado, teceu algumas considerações sobre o nobre acto que estava a desenrolar-se, agradecendo viva e emocionalmente a forma como quiseram relevar a  memória de seu tio.
José Carlos Ventura, fundador do Núcleo, mas que viria a formar-se em Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, falou sobre as diligências efectuadas para que este momento acontecesse, e que por isso se sentia feliz por verificar que tal acontecera.
Com a presença do capitão-médico Armando Dinis Cosme, coronel Arménio Vitória e sargento-chefe António Santos, aconteceu depois o almoço de convívio, onde Albino Gomes, que muito tem feito pela sua terra e mantém casa, ali mimoseou os presentes com um matabicho.
No convívio que se seguiu, precisamente no Salão Albino Gomes, com a fotografia de José Lourenço em evidência, aquele valadense, que reparte o seu coração entre Valado e Sarzedo, teceu algumas palavras sentidas, relevando a Família Pedro, como uma grande família, recordando com muita saudade e emoção o seu «Zézito», bem como sua irmã Dorinda.
António Santos, como presidente da Liga de Melhoramentos do Valado, soube reconhecer o simbolismo do gesto, reconhecendo que é através destes convívios que se fortalecem amizades e aquele momento ficaria para a história do Valado e para as suas gentes, gentes que encheram por completo o referido salão.
Palavras também foram ouvidas da parte do presidente da União de Freguesias, Adelino Almeida, que na nova tarefa que tem pela frente, que é administrar as duas freguesias, tem sentido o maior apoio. Pediu entreajuda e nesse sentido salientou que tudo irá fazer para fazer jus ao lugar que exerce, fazendo-o para não desmerecer a confiança que depositaram na sua pessoa, bem com no anterior presidente, Arménio Costa, também ali presente.
Uma palavra de gratidão aos e às que confeccionaram e serviram um almoço, um grande banquete, assim o podemos classificar, que mais fizeram sentir que de facto estas gentes serranas são amistosas e fazem amigos facilmente.
Uma jornada de gratidão e de memória que não será esquecida tão depressa.
Fica a nota de que a Associação, na voz dos seus membros presentes, tudo farão no sentido de se poder trasladar os restos mortais do José Pedro para o cemitério da sua freguesia.

JOSÉ VASCONCELOS 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pelos Santos a favor da Requalificação do Memorial

A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, num feito que muitos deviam ter em consideração, requalificou a Casa do Cantoneiro, transformando-a em sua sede. Foram dezenas de milhares de euros que foram necessárias para cobrir as despesas. Com esforço e muita luta, com iniciativas pelo meio, foi conseguida a meta, tendo inclusivamente, na altura, todos os elementos ligados aos corpos sociais pago cinco anos de quotização para saldar as contas.
Está ali um edifício que, pelo seu emblemático valor, se não fosse a nossa Associação, hoje estaria no charco, em plena ruína. Tudo feito por amor a duas causas: em não deixar esquecer o feito do Combatente e em preservar um monumento dedicado ao Cantoneiro, aquela figura incontornável que se via ao longo das estradas, cuidando delas.
Passado à parte do alojamento e ao seu embelezamento, com material que chama a atenção de quem passa, não falando do museu que está patente quem o queira visitar, veio o Memorial. Numa primeira fase a construção aconteceu e numa segunda fase, com total requalificação, foram gastos mais algumas dezenas de milhares de euros.
Como as receitas obtidas para essa requalificação ainda não chegam para sanar as despesas que foram feitas e embora as autarquias, para uma e outra situação, tenham contribuído com algum apoio, a Associação leva a efeito o habitual Magusto, no dia 16 de Novembro, a partir das 16 horas, na sede. Como este convívio tem um paladar diferente, que é angariar fundos para auxiliar a diminuição do débito em causa, espera-se que os sócios e amigos, que são muitos, estejam presentes para dizerem que estão com a sua Associação, já que esta não está a trabalhar numa causa individual, está a trabalhar, isso sim, na valorização de Arganil e do seu concelho, pois através das suas organizações e das obras que tem feito, eleva e releva o nome dos arganilenses.
Ultimamente, com as modificações operadas, tanto na Sede, como no Memorial, outros Combatentes, sejam do Exército, seja da Marinha ou da Aviação, de patentes superiores no activo ou mesmo já fora dele, têm visitado as duas frentes de memória ou seja o Museu e o Memorial. Vão encantados e prometem voltar e mesmo organizar aqui os seus convívios.
Porém, as autarquias deviam ter mais atenção ao esforço destes voluntários, que afinal estão a trabalhar não para si mas para o engrandecimento público, com marcas que enobrecem a comunidade e não apenas uma Associação. Por isso, devia haver uma maior ajuda, mais justa, e não ser necessário andar a mendigar meios que afinal são de todos e para todos.
Não haja dúvida que Arganil, com a constituição da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, viu mais dois monumentos erigidos, já que a vila não tem muito mais para mostrar…

JOSÉ VASCONCELOS

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Voltámos a Moçambique pelos nossos camaradas

Artigo publicado na revista "Combatentes" edição nº 369 de Setembro de 2014.
Autoria do General Fernando Aguda.

Clikar no link para leitura completa do artigo



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Arganil transformada em base naval

O Núcleo de Marinheiros Arganil organizou novo convívio, no qual compareceram alguns marinheiros «na reforma», acompanhados de familiares. A recepção teve lugar na sede da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, onde o Núcleo coabita a Casa do Cantoneiro, ilustrando o espaço com um curioso e exemplar museu.
Com palavras de circunstância, foi um dos principais e activo responsável pelo Núcleo, José Augusto Rodrigues Gomes, que em palavras simples, como também foi o convívio, referiu que era bom ver ali tantos companheiros da farda branca, não deixando de deixar os votos para que todos, no final do encontro, regressassem aos seus destinos em boa maré. Também não esqueceu o papel que a Câmara Municipal de Arganil tem tido para com a sede, e foi com regozijo que viu ali comandantes daquela guarnição, como Rodrigues Pereira, Jaime Lopes e Delgado, dizendo que na Marinha não há diferenças, mas «há galões a respeitar».
Por sua vez o vereador camarário Prof. António Seco, como arganilense orgulhou-se por ver ali aquele grupo que fez e continua a fazer história, pois «Arganil orgulha-se pela forma como os seus marinheiros souberam e sabem honrar a Pátria».
Depois, junto ao Monumento dos Combatentes, foram recordados os marinheiros que nos deixaram, onde se particularizando o Marinheiro Fernando Vasconcelos, «um homem que tem de ser sempre lembrado», pois foi há 28 anos, através da sua teimosia e crer, que foi criado o Núcleo, citou também os nomes do Fernando Loureiro, de Arganil; João César, de Côja; António Vaz, José Gordo e José Marques. Depois, pela Cláudia, neta do tenente Fernando Loureiro, foi depositada uma coroa de flores. E foi com o grito Presente!..., que foi guardado um minuto de silêncio em memória de todos os que já desapareceram.
Entre a guarnição havia três marinheiros que faziam anos de incorporação na Marinha, um deles há 60 anos, que é Leonel Santos, de Folques; e os que fizeram 50 anos: António Simões, do Barril de Alva; Joaquim Silva, de Casal de S. João (Vila Cova do Alva); e Elísio Anunciação, de Luzinde (Penalva do Castelo).

José Vasconcelos

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A estante-memória da sede da Associação vai ficando cada vez mais enriquecida



Estão cada vez mais completos de memória, o Museu e a Estante dos diversos quadros que proporcionam história e têm a ver com o âmago dos Combatentes, mesmo de pormenores que nos vão chegando como os quadros que nos foram oferecidos de amigos combatentes, uns por acharem a nossa Associação que merece vénia de respeito e admiração, outros porque sentem que os Combatentes são uma força que ainda não se deve menosprezar, como afirmou o Presidente da República, Cavaco Silva, em locução proferida na Guarda, no dia 10 de Junho/2014 e cujo escrito está em local de destaque na nossa galeria memorial.
O outro quadro demonstra a amizade que uns tantos da Companhia 1504 ainda têm ao seu comandante, que passados cerca de 50 anos, em Arganil, depois de reunidos, lhe atribuíram um diploma de honra, precisamente em Maio, aquando da celebração do aniversário da nossa Associação.


José Vasconcelos.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Excursão a SALAMANCA-TORO-ZAMORA



Podem começar a enviar as marcações:
Preço por pessoa 105 €
António Vasconcelos 964861328; Zé Gomes 963018181
combatentes.arganil@hotmail.com

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Antes e Depois - Parte 2

Aqui ficam as fotos dos Obus que nos foram cedidos em protocolo e que embelezam 
a nossa sede e o monumento aos mortos no Ultramar.

ANTES


DEPOIS




Antes e Depois - Parte 1


Aqui ficam as fotos dos Obus que nos foram cedidos em protocolo e que embelezam 
a nossa sede e o monumento aos mortos no Ultramar.



 ANTES 

DEPOIS


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sarzedo homenageou um Combatente-Comando


Durante as Festas de S. João, no Sarzedo, a Junta de Freguesia e a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil homenagearam postumamente mais um combatente, dali natural, falecido em combate na Guiné, no início da década de 70. Chamava-se Amândio da Silva Carvalho.
Foi uma homenagem dupla, porque não só se homenageou o Comando Amândio, como os Combatentes em geral, dado que também foi descerrada uma placa com esse sentido. E neste preito de gratidão, estiveram presentes antigos Comandos (das Associações de Coimbra e Viseu), familiares e muito povo.
Se os presidentes da Câmara Municipal de Arganil, Eng. Ricardo Pereira Alves e da Junta de Freguesia do Sarzedo, Fernando Ferreira Simões, relevaram o sentido da homenagem, com palavras que evidenciam o que foi o papel do Combatentes em terras africanas, o presidente da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, António José Travassos de Vasconcelos, afirmou a dada altura:
«Em primeiro lugar quero agradecer ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Sarzedo o empenho que sempre demostrou em relação à nossa Associação de Combatentes do Concelho de Arganil em realizar esta homenagem ao Amândio e também a todos os Combatentes do Ultramar. Foi sempre do interesse da nossa Associação, já das anteriores Direcções, que este gesto de gratidão fosse concretizado. Como tal, calhou-me a mim, como representante desta Associação, fazê-lo hoje aqui.
Porém, vamos continuar com a mesma determinação, para que, onde houver camaradas que tombaram ao serviço de Portugal, pertencentes a outras freguesias do nosso concelho, se pratique o mesmo gesto.
O Amândio partiu há muito; mas fica a memória e a saudade. A quem fica compete honrar e lembrar o homem, o militar, o comando. Por isso estamos aqui hoje para o lembrar e nada melhor que o seja na sua terra, desta maneira, a perpetuar-lhe o seu nome nesta singela rua que, tenho a certeza, gostaria de passeá-la se hoje fosse vivo. Afinal, esta foi a sua terra que tanto amava e o viu nascer.
Eu tive o privilégio de conhecer o Amândio ainda na Guiné, mais propriamente em Bissau, quando estava em trânsito por aquela cidade, junto de um grupo de amigos, alguns deles já falecidos. Naquela altura perguntou-me o que fazia por ali, respondendo eu que estava de passagem a fim de vir de férias à Metrópole. Ficou entusiasmado e pediu-me, assim que chegasse a Arganil, visitasse os seus pais e lhe desse um grande abraço por ele e que brevemente, lá para Março ou Abril, estávamos em 1973, viria de todo «para lhes dar aquele abraço». Não me esqueci; e assim que cheguei cá estive nesta terra e na adega do «Ti Amândio» a conversarmos animadamente.
De regresso à Guiné não pude deixar de os visitar, a seu pedido, para me entregar uma encomenda, bebendo eu mais uns copos e saboreando uns petiscos na sua adega».
Cheguei a Bissau e procurei o nosso Amândio. Não o encontrei, imaginando que se encontrasse em operações, segundo informações. Deixei a encomenda a pessoas de confiança e nossas conhecidas, porque entretanto embarquei para o sul aonde estava sediado.
Mais tarde, passados poucos meses deste acontecimento, por correspondência trocada entre pessoas amigas que o Amândio tinha falecido, precisamente em Março ou Abri de 1973, quando devia estar de regresso à nossa terra e foi este o recado que ele me pediu para transmitir a seus pais, uns meses antes.
Caros amigos, o destino por vezes é cruel e ele foi para o militar, para o Comando Amândio. Por isso, Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Fernando Simões, este filho do Sarzedo merece esta homenagem. Aliás, todos os nossos mortos o merecem, e é desta maneira que perpetuamos o seu nome, porque ele gostava da terra que o viu nascer.

Que descanse em paz. Até um dia.

E para todos vós, o obrigado sincero pela vossa presença.

Zé Vasconselos


segunda-feira, 30 de junho de 2014

O Libânio


Ilustração 1 Libânio - *Pelotão de Morteiros
Angola 1964/ 66, em Quitexe e Noqui. 

GENTE, simples, boa, humilde e corajosa, feita com a mesma massa dos campeões e dos HERÒIS. 

Homem de poucas falas, um pouco introvertido…..Mas com muitas histórias, para contar. Vive aqui em Castanheira do Ribatejo, mais o seu cachorro e fiel companheiro “Sporting”. Quem esteve no pelotão 993, “os meus companheiros” como diz o Libânio. Irão seguir-se mais fotos dessa parte da história de zonas e tempos difíceis, páginas escritas pelos próprios protagonistas.

Texto enviado: Joaquim Manuel Alves

domingo, 22 de junho de 2014

ARGANIL, 31 de Maio 2014 - SEMPRE.

Saudações agora para os vivos, decorrida que foi a homenagem, aos que por lá deixaram a vida e neste dia regressam ao nosso pensamento, como no dia em que todos partimos, na expectativa de voltar.
Agradeço aos que se lembraram de criar a Associação e sobretudo a missão a que se propuseram, homenagear, aqueles de quem a pátria de hoje, omite ao reescrever a sua história.
A História, com letra grande de uma Pátria também com letra grande, foi escrita de Cabo Verde a Timor, por essa “malta” que no dia 31 ao ouvirmos os seus nomes
gritámos “PRESENTE”. São eles e nós os Heróis dessa PÁTRIA e dessa HISTÓRIA. Heróis porque, lutaram sem meios e condições, numa terra de outra gente, onde havia outra gente que reclamava da pátria protecção. Daqui podia partir uma crónica longa e
polémica da qual me abstenho, não por medo mas por respeito a quem atrás me tenho referido, o lixo ficará para sempre enterrado no aterro sanitário da História. Lixo que começa após o 25.04.74 e a exemplar descolonização, que, deveria ter começado logo em 1961.
Termino esta introdução aconselhando a leitura do livro “CAVALEIROS DO MAIOMBE”-
Memórias de Guerra, cuja acção decorre no enclave de Cabinda e é da autoria do
CAPITÃO Miliciano, Dr. António Inácio Correia Nogueira. Publicação esgotada, mas que se encontra em formato Pdf, no Blogue “ Mitos e Ritos”.

Dia 31.05.2014, hora 06h00
Toque de alvorada cá no quartel, formatura com farda civil nº1, pequeno-almoço e constituição da Patrulha, eu e o meu neto Duarte Miguel, miúdo já com estaleca, para a Policia Militar que orgulha o nosso furriel Alves avô de um rapagão com 13 anos e 1,85m de altura. Envergadura física, razoável, alimentada cá no refeitório.
07h00

Partida para a estação da CP, de Vila Franca de Xira, com bilhete já adquirido para Coimbra B. e depois “Grafarganil”.

1- Arganil é já ali a seguir á curva!!! onde é que eu já ouvi isto?

08h52
O Intercidades veio a tabela, e lá nos levou, numa viagem de certo modo, agradável.
Poucas paragens, bem acomodados, viagem curta de uma hora e quarenta minutos,
que nos fez lembrar as viagens de Campanhã para a Régua a noite toda.

2-Um bonito dia de sol, a natureza a emprestar a sua beleza, 
a um dia dedicado a saudade, companheirismo, partilha a homens de carácter. 
O ambiente é de discoteca, m Jan. 73 Viajámos já de avião, mas deixava-mos 
a caserna do Grafanil e os percevejos residentes.

Deu até para dormitando exibir no monitor do subconsciente, o vídeo das recordações, que alguns chamam de “Stress Pós qualquer coisa”, Os “Mama Sume” com a sua boina outrora colocada na cabeça, com honra e merecido orgulho, “pelo suor derramado na Instrução”, todos deveríamos ter tido a mesma ou equivalente
preparação, para o combate. Teria havido menos “carne para canhão”, foi a narrativa do Zé da Fisga, qual D.Quixote de la Mancha, lutando contra os moinhos de vento, bem equipados e melhor armados. A estes camaradas, lembro: os dois “Comandos” mortos na refrega com a Policia Militar da Estrada de Catete em Luanda, Fevereiro de 1972, (Porquê? em nome de quê, um exagero um desperdício que ainda está por
exorcizar, uma granada que ceifou duas vidas e estilhaços que o Cabo Letra da PM carregou a vida toda numa perna, já partiu, os “bichinhos” deixaram lá o maldito estilhaço) noticia censurada na época cá “nos” Puto. Hoje, como naquele tempo das Noites Quentes e Balsâmicas do Maiombe, no Rádio Clube de Cabinda, quando não consigo dormir, lembro-me destas coisas e outras este é o meu Stress.
O DESPERDÍCIO DE TANTA VIDA ,e, os culpados não são os Deuses do Maiombe tão pouco os descendentes do Reino de Prestes João ou dos Reis dos Congos. Proponho que esses dois e todos os outros que ingloriamente partyira, no asfalto ou na picada, sejam englobados no próximo ano, no nosso grito de PRESENTE.
Folheei o imaginário, dos Cavaleiros do Maiombe, floresta Mítica e Rica, do Enclave de Cabinda, hoje responsável por 90% do PIB da R.P.Angola. Cabinda é hoje uma região pouco desenvolvida tendo em conta a sua riqueza e carácter do seu POVO. Um líder africano disse um dia “ Sou africano não por ter nascido em África, mas, porque África nasceu dentro de mim” assim da mesma forma somos todos um pouco africanos. Esse bocadinho que nasceu em nós, ninguém vai pôr em duvida nem mesmo os de lá, saudade não é um sentimento espúrio. África é minha, do meu imaginário, de tudo o que o coração sente, mas não sabe explicar.
Desliguei o monitor abruptamente, tinha passado o Mondego e não dei por isso. A tabela cumpriu-se e eis-me em Coimbra.


Ligava o telemóvel, já o claxon do automóvel chamava por mim. O malandro do Albano nestes 40 anos não perdeu a pinta, a minha e, eu a dele. Foi aquele abraço. Quarenta minutos depois já estávamos a porta da Associação. A partir daqui o relógio deixou de contar. Vou pôr as fotografias a falar, este calor está mais para dormir a sesta, como fazia no intervalo da guerra para o almoço, os condutores, tinham que assinar os boletins das viaturas antes de eu ir dormir a sesta, era a regra, quando estava de sargento dia.

3-Primeiro ato oficial, pagar o almoço e reservar mesa.

4-Começou a cavaqueira. Bastos aqui com cara de PM, 
foi o n/Cabo cozinheiro. Ao lado a madrinha de guerra

5-A visita ás instalações e ao Museu

6-Os dois Duartes o Albano e o meu neto.

7- O rapaz não estava a espera de tantas histórias e admirado só me 
perguntava se era verdade como que a duvidar " mas ó avô vocês fizeram isso?" 
Ele só conhece as histórias da Banda Desenhada.

8-Tá na hora de formar pessoal!

9-Pessoal da PM certinho e alinhado com a objectiva claro.

10 - Lida a Ordem de Serviço, todos ás suas viaturas em bicha pirilau. 
Lá fomos direitos ao Monumento aos Combatentes da Guerra Colonial.

Antes das fotos a seguir registo o apreço pela presença do Sr. Presidente da Câmara de Arganil, que nos agradou e honrou. È um gesto bonito toda a colaboração que a Edilidade, tem prestado á Associação. As palavras de circunstância, ficam nos discursos, estas vêm do fundo do coração.

11-A natureza que circunda o monumento leva-nos para outros lugares, para além do Equador. 
DIGNO, SIGNIFICATIVO, SÓBRIO. O Canhão hoje silenciado, representa o 
seu melhor papel, para o qual foi construído. O SILÊNCIO.

 12-A Cerimónia



13 - Na hora da chamada, falou a emoção. As memórias não perecem

14 - PRESENTE camaradas.

É no lugar que se segue, decorreu o almoço, a hora é para comer, beber, conviver, contar histórias como se estivéssemos nos nossos 21 anitos. Acabou por agora a conversa




ALVES, Furriel Miliciano, Policia Militar
Escola Prática de Cavalaria 1º turno 1970 recruta e especialidade
Centro de Operações Especiais Lamego, Julho de 70, Lanceiros 2 até Janeiro de 1971
Cabinda jan.71 a Fev. 72 Luanda, Quartel-General das Forças Armadas. Até 30 Jan. de 1973
15- Janeiro de 1971 Aqui chegámos em vagons de comboio de mercadorias, 
como " Judeus", ao Campo Militar do Grafanil em Luanda. Decorridos 24 meses 
depois já estávamos no estado que a fotografia mostra, Lá nos mandaram outra 
vez para o Grafanil. De onde nos livrámos no dia 30 Jan. 73. 
O Araújo a fazer de sargento dia.

Tudo o que escrevo atrás, pode ter um interregno até ao próximo convívio em Arganil e continuar a partir daí, no meio, este preambulo dedicado aqueles tempos, de espetar uma lança em África, plantar uma árvore e escrever um livro. Essa mulher preenche alguns capítulos desse livro ainda por começar, ELA FOI A ÁRVORE QUE EU PLANTEI, PORQUE COM ELA ME TORNEI HOMEM.

16 - Chama-se Teresa N'Nzambi, aqui com 17 anos. 
NOTA a criança já existia antes de eu aparecer na vida dela


Texto enviado pelo companheiro: Joaquim Manuel Alves