segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cemitério em Moçambique onde estão corpos de militares portugueses

Nas nossas pesquisas feitas por essa INTERNET fora e com a ajuda de alguns, estivemos a rever uma Reportagem Especial da SIC que visitou um cemitério em Moçambique onde estão corpos de militares portugueses mortos em combate.
Deixamos aqui a reportagem para que todos os combatentes que não viram, possam agora dar uma olhada e rever locais que há muito tempo não viam.

domingo, 28 de novembro de 2010

O Gato “que quer ser Fotógrafo”…


Na Rua Oliveira Matos, mesmo na “zona fina” de Arganil, apareceu ali um gato branco. Abandonado, sem eira nem beira, logo os dois comerciantes locais, o Rodrigo Ventura, da Pastelaria e o Fernando Brandão, da Fotografia, lhe deram de comer. Embora o alojamento nocturno seja mais complicado, o diurno está garantido, pois o Fotógrafo aproveitou logo e deu guarida ao bichano; e de tal forma, que passados que são várias semanas, o gato passou logo a “aprendiz” de fotografia. A sua atenção é tanta que já passa “pelas brasas” sobre a máquina que imprime as fotografias, para depois as “entregar” à sua outra amiga Maria Alexandrina.
Veja-se, na foto, como o Gato Branco está atento como o seu “professor” maneja o computador, fazendo aquelas “malandrices” de que é exímio.
Há coisas que acontecem neste mundo globalizante, mas esta de um Gato ser aprendiz de Fotografia, não lembra ao Diabo.
Até nós, Combatentes, que apenas tínhamos como entretém o cão ou o macaco, grandes companheiros das companhias ou batalhões, longe estávamos de perceber como é que um gato pode chegar a um patamar profissional tão dignificante.

sábado, 27 de novembro de 2010

A “Barbearia do Senhor Guilherme” e os Combatentes

Com o encerramento da “Barbearia do Senhor Guilherme”, assim era conhecido este estabelecimento comercial, perde-se mais um espaço arganilense que ao longo de sete décadas os seus trabalhadores desfizeram a barba e cortaram cabelo a muitas gerações de adultos e crianças.
Dentro destas gerações, podem contar-se muitos Combatentes. Nós, por exemplo, agora com 65 anos, passámos também por ela. Sendo a barbearia onde meu tio António ia cortar o cabelo, e obrigatoriamente teria que ser a minha também, porque era ele que pagava, recordo o sempre educado e prestável Sr. António Teixeira, dos Cadavais, que com toda a delicadeza colocava um banquito na cadeira de adultos, para me ele poder cortar o cabelo. E aquelas gotas de brilhantina, no final do corte, que polvilhava sobre a cabeça… Saía dali tão bem cheiroso e com ar de vaidade que toda a gente dava por ela.
Aos sábados, sobretudo, era na Barbearia conhecidas as novidades, as passadas durante a semana e no dia-a-dia de cada um, não faltando as conversas daquilo que cada um iria fazer durante a semana seguinte, caso não fosse segredo… mesmo este, por vezes, era ali espiolhado…
Não posso esquecer também o Sr. Simões, da Sarcina, bem como o António da Ribeira, da Aveia, o Armindo, da Urgueira (S. Martinho da Cortiça) e outros barbeiros que por ali passaram. No entanto, o último que teimou em manter a Barbearia com a porta aberta, foi o amigo Manuel Soares. Foram cerca de 40 anos que esta figura diariamente ali se via, marcando uma antiguidade, sem seguidores.
Como tudo tem um fim, dado que agora até as cabeleireiras fazem esse trabalho, a barbearia começou a definhar em clientela. Por este facto, o amigo Manuel acabou por encerrar as portas no passado dia 30 de Setembro de 2010. A par deste gesto está também o cansaço, que acabou por ditar o encerramento de mais um espaço histórico da praça comercial arganilense.
Recorde-se que o Senhor Guilherme Ferreira Rodrigues, de seu nome completo, que fundou a Barbearia, foi uma figura emblemática da comunidade arganilense. Depois de regressar da I Primeira Grande Guerra (1914-1948), onde foi Combatente, fez parte do corpo clínico do Hospital Condessa das Canas, onde foi, durante dezenas e dezenas de anos, dedicado Enfermeiro. A par com o Dr. Fernando Vale fizeram uma dupla que acabaria por marcar uma época que jamais será esquecida nos anais históricos de Arganil e sobretudo dos Combatentes, pois a totalidade deles tiveram sobre os seus ombros as mãos amigas destes duas figuras que muito nos honram e serviram (e servem ainda) de exemplo a todos nós pela vida fora.
A outra Barbearia, a do Sr. Amorim, que continua a ser explorada pelo antigo empregado Constantino “da Quinta”, ainda se arrasta no tempo, enquanto as forças deste amigo… de bata branca, não enfraqueçam.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sessão de esclarecimento Stress de guerra


No próximo domingo dia 28 de Novembro, pelas 17h30, a nossa Associação promove uma sessão de esclarecimento a vítimas de stress de guerra, combatentes e familiares.
A acção, conjuntamente com a Federação Portuguesa das Associações de Combatentes do Ultramar, terá lugar na nossa sede: Casa do Cantoneiro, Prazo, Arganil e contará com a presença de António Ferraz, jurista, que prestará informações acerca da doença de stress de guerra, dos direitos dos combatentes, das estruturas de apoio e das reivindicações da associação.

Combatente precisa de ajuda


Recebemos no nosso email um pedido de ajuda da filha de um Antigo Combatente.
transcrevemos aqui na integra a email enviado por Claudia Pereira:

"Ex.mo sr.

Venho por este meio pedir informações sobre a ajuda a um ex combatente de guerra que sofre de stress de guerra.
o meu pai e um ex combatente de guerra e sofre de stress de guerra gostaria de saber onde me posso dirigir na zona de Tondela ou Viseu para pedir mais esclarecimentos sobre esta doença e pedir ajuda medica para o meu pai.
muito obrigada.

Atentamente,

Claudia Pereira"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Esposa de Combatente lança novo livro




A Dr.ª Maria Leonarda Tavares volta a editar um livro, com o título “Bem-me-Querem”. As obras que já editou têm o selo particular de generosidade e amor assumidos, sobretudo o livro que relata a vida que passou a ter com seu marido, um paraplégico que em 1967, em Moçambique, foi atingido por uma bala, numa guerra que tantas vítimas provocou, e que no seu caso o incapacitou de ter uma vida normal.
Ainda não lemos o livro, mas pelo estilo da autora, temos em conta que vai ser mais uma obra de grande relevância literária, tanto mais sendo uma escritora que nos habituou à escrita a raspar a simplicidade, passando pelo amor, aliado a uma solidariedade bem viva e vivida.
Depois de ter lançado já a obra na capital, agora é a vez de Arganil, terra da sua residência, cujo lar comunga com seu marido, um arganilense que há mais de 40 anos sofre as agruras de uma vida sem vida normal, mas que sua esposa sabe dar-lhe força para viver um dia de cada vez.
O “Bem-me-Querem” vai ser apresentado no auditório da Biblioteca Municipal Miguel Torga, na quinta-feira, dia 18, pelas 21.30 horas.
Espera-se assim boa participação de pessoas, enriquecendo assim o acto, mas particularmente a Dr.ª Leonarda Tavares, pela sua luta e perseverança que ao longo da sua vida, particularmente conjugal, tem demonstrado; e por se considerar uma autêntica “Pintassilga”, é por esse facto que aqui se deixa este apelo: Compareçam!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Jara e Manel em Cabinda - Angola


Hoje publicamos uma foto que nos foi enviada pelo MANOLO (Manuel Vasconcelos)
Retrata o Manolo e o seu companheiro JARA em Cabinda Angola
O nosso obrigado a grande MANOLO e esperamos que muitos combatentes sigam as pegadas dele e nos enviem fotos ou recortes ou mesmos noticias sobre a GUERRA.
O nosso email está no nosso BLOGUE (combatentes.arganil@hotmail.com).

Navio Escola Sagres

História

O Navio-Escola "Sagres" foi construído, em 1937, nos estaleiros Blohm & Voss (Hamburgo), tendo recebido o nome de "Albert Leo Schlageter". Foi o terceiro de uma série de quatro navios construídos para a marinha alemã que incluía o "Horst Vessel" (actual "Eagle" dos Estados Unidos), o Gorch Fock (actual "Tovarish" da Ucrânia) e um outro casco, nunca concluído nem aparelhado. Um quinto navio, o "Mircea", foi propositadamente construído para a marinha romena. O aparelho do navio não concluído encontra-se no actual Gorch Fock, navio-escola alemão, construído em 1958, de acordo com os mesmos planos. Este facto atesta bem o valor das qualidades náuticas dos navios construídos vinte anos antes.

Em 1945, o “Albert Leo Schlageter”, danificado durante a guerra, foi capturado em Bremerhaven pelas forças americanas e posteriormente cedido ao Brasil, em 1948.

Em 1962 Portugal adquire-o ao Brasil para substituir o então N.E. "Sagres". Este tinha sido também um navio alemão, o "Rickmer Rickmers", construído em 1896, em Bremerhaven. Durante a 1ª Guerra Mundial foi tomado por Portugal nos Açores, no porto da Horta, em 1916. Nessa altura foi-lhe então dado o nome “Flores” e posto à disposição dos ingleses que o utilizaram para transportar material de guerra. Após o final da guerra, o veleiro foi devolvido pela Inglaterra e terminou a sua utilização como navio mercante. Em 1924, é então incorporado na marinha portuguesa, como navio-escola. Esta razão explica o facto de, nomeadamente no estrangeiro, o actual N.E. "Sagres" ser muitas vezes apelidado, erradamente, de "Sagres II". Na realidade este é o terceiro navio-escola com o nome "Sagres". Na realidade, o primeiro foi uma corveta em madeira, construída em 1858, em Inglaterra, que armava em galera. Fundeada no rio Douro serviu como navio-escola, para alunos-marinheiros, entre 1882 e 1898

“Albert Leo Schlageter"

(1937-1948)

O navio foi encomendado ao estaleiro no dia 2 de Dezembro de 1936 e a sua construção terminou no dia 15 de Julho de 1937. Foi lançado à água a 30 de Outubro de 1937.

Em 1938/39 efectuou algumas viagens de instrução, onde se destaca uma viagem às Caraíbas. Esteve então parado até ao início de 1944, altura em que foram reactivados os navios de treino devido ao facto de se constatar que os cadetes, apesar de bem preparados tecnicamente, tinham uma deficiente preparação marinheira.

No dia 14 de Novembro de 1944, no decorrer de uma viagem de instrução no Báltico, com mau tempo, o navio embateu numa mina tendo danificado seriamente a proa e colocando em risco de vida toda a guarnição.

"Guanabara"

(1948-1962)

O “Albert Leo Schlageter” foi vendido pelos Estados Unidos ao Brasil, em 1948, pelo preço simbólico de 5000 dólares, tendo o seu reboque para o Rio de Janeiro, onde chegou a 6 de Agosto, custado outro tanto. A 27 de Outubro desse mesmo ano, com o nome de “Guanabara”, foi incorporado na marinha brasileira. Como navio-escola efectuou, regularmente, várias viagens de instrução ao longo da costa brasileira. No final de 1960, insuficiente para satisfazer as necessidades de instrução e treino, foi desarmado e nele foi instalado o comando da Flotilha de Patrulheiros.

Por seu turno Portugal procurava, desde 1960, um veleiro para substituir o então N.E. “Sagres”, em fase final da sua vida útil. Por sugestão do Dr. Teotónio Pereira, e após visita e aprovação, foi negociada a aquisição do “Guanabara”. A bandeira do Brasil foi definitivamente arriada a 10 de Outubro de 1961.

"Sagres"

(desde 1962)

O N.E. “Sagres” foi aumentado ao efectivo da marinha portuguesa a 8 de Fevereiro de 1962, em cerimónia realizada no Rio de Janeiro. No dia 25 de Abril largou do Brasil e chegou a Lisboa a 23 de Junho. A continuidade de um navio-escola na marinha portuguesa teve como principal objectivo assegurar a formação marinheira dos cadetes de forma a complementar a instrução técnica e académica ministrada na Escola Naval.

Desde 1962 o N.E. “Sagres” efectuou todos os anos viagens de instrução, excepto em 1987 e 1991, devido a paragens relacionadas com a sua modernização. Aliás, foi em 1991 que o motor original foi substituído e montado a bordo um dessalinizador. Este facto, a par do ar condicionado montado em 1993, muito contribuiu para a melhoria das condições de habitabilidade.

Para além das viagens de instrução, o N.E. “Sagres” tem como missão a representação de Portugal, e da marinha portuguesa, funcionando como embaixada itinerante. Cumprindo as suas missões o N.E. “Sagres” já efectuou, inclusivamente, duas circum-navegações, em 1978/79 e 1983/84 e outras viagens de duração superior a oito meses, e já visitou 45 países. Nas duas voltas ao mundo efectuadas, o navio passou o canal do Panamá, bem como na viagem em que participou na Regata Colombo, em 1992. Em 1993 passou o cabo da Boa Esperança, fez escala em Cape Town, na África do Sul, e visitou o Japão pela terceira vez.

O Infante D. Henrique (1394-1460)

O Infante D. Henrique, figura de proa do N.E. “Sagres”, terceiro filho de D. João I, foi o grande impulsionador dos descobrimentos portugueses. No início da expansão portuguesa em África. Participou ao lado de seu pai na conquista de Ceuta, em 1415. Durante o período em que o Infante viveu, Portugal consolida a sua opção atlântica, já patente aquando da aliança com Inglaterra, estabelecida em 1373. O grande mérito da sua acção em apoiar e incentivar as viagens de descobrimento foi crucial para o impulso da exploração geográfica e económica das terras do litoral africano e das ilhas atlânticas. Tal facto possibilitou a descoberta (1419) e colonização da Madeira (1425), o dobrar do cabo Bojador (1434), a descoberta (1427) e colonização dos Açores (1439), o chegar ao cabo Branco (1441), à ilha de Arguim (1443), ao rio Senegal (1444), ao arquipélago de Cabo Verde (1456) e à Serra Leoa (1460).

Com uma postura pragmática e calculista, criou as bases para a expansão marítima que iniciou e que pôde, após a sua morte, ser continuada. Na realidade, quando ordenou as primeiras viagens para sul, os seus objectivos, face aos valores da época, não seriam inovadores. Mas os resultados dessas navegações foram extraordinários para Portugal e para o mundo. A sua divisa “talant de bien faire” (vontade de bem fazer) é pois com toda a justiça utilizada no brasão de armas da Escola Naval.


domingo, 14 de novembro de 2010

Parabens a Voçê

Faz precisamente hoje 4 anos, que foi fundada oficialmente, a nossa Associação de Combatentes do Concelho de Arganil.
Como se dizia no primeiro poste colocado neste Blogue:

"Foi o arganilense José Carlos Trindade Ventura que em dia especial veio para a Praça do Município (ou Simões Dias), na sua “4L”, com uma Bandeira Nacional a deixar publicamente a intenção e chamando para o efeito a atenção dos combatentes para essa união que, tal como ele, tinham passado pelos sertões africanos, quer do lado asiático, oriental ou ocidental. Pois bem, a ideia deixou moças, de tal forma, porque passado algum tempo a “malta combatente” uniu-se e criou um Núcleo, que se manteve até há três anos, altura em que foi ultrapassado pela criação de um órgão que abrangesse todo o Município: assim nasceu a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil."





domingo, 7 de novembro de 2010

Jantar Noite Branca

Decorreu ontem dia 6, o Jantar Noite Branca organizado pela nossa Associação.
Compareceram vários combatentes a esta jornada gastronómica que devoraram a ementa que o amigo Paulo tinha estipulado para o repasto.


Como habitual nestas lides o final da festa estava a cargo do Duo Musical "Ritmofonia"e os Combatentes e as suas caras metade mostraram os seus dotes de dança.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A minha homenagem ao amigo Paiva


Foi com alegria que, no longínquo mês de Janeiro de 1974, recebi a notícia, na Guiné, mais concretamente no Chugué, em plenas matas do Tombali, no sul, onde me encontrava há longos meses, da chegada de um conterrâneo desconhecido.

A alegria e a curiosidade de saber quem era, levou-me a assistir à atracagem da LDM da Marinha, no Rio Cumbijá, a qual nos trazia mantimentos, material de guerra e… o tal conterrâneo desconhecido. Fiquei a conhecê-lo nesse dia. Tratava-se do António Fernando Ribeiro de Paiva, de Vila Cova do Alva.

Como “velhinho”, e como era da praxe, levei-o ao bar para mitigar a sede. Aí começámos a travar longa conversa. Já cansados, acabou por se instalar nos seus “luxuosos aposentos”, já que eu, nessa noite, estava de serviço.

Entretanto, continuei a acompanhá-lo sempre que podia e daí a nossa grande amizade ao longo do tempo, tanto na tropa como mais tarde na vida civil. Ele como funcionário da Câmara Municipal de Arganil, eu ligado às telecomunicações, encontrávamo-nos amiudadas vezes e essas vezes serviam para trocar dois dedos de conversa. Essa conversa ia direitinha aos tempos idos da vida militar, como não podia deixar de ser, mas também não passava despercebida a que se passava no dia-a-dia.

Mas a morte, sempre à espreita, deixou marcas profundas em mais um lar e com ela deixou a dor e o luto, com o desaparecimento prematuro deste vilacovense.

Mesmo minado por doença que não perdoa, o amigo Paiva falava da sua doença com uma naturalidade que pasmava. Já debilitado, dizia que tudo estava a correr bem e que era uma questão de tempo.

Tinhas razão, meu amigo… foi só uma questão de tempo… para deixares esta vida, uma vida de um Grande Combatente, tanto no sertão guineense, como depois na vida civil, rodeado da família e dos amigos.

Não esquecer ainda que o amigo Paiva foi um grande amigo da sua terra, pois deu boa colaboração às instituições locais, nomeadamente ao Grupo Desportivo Vilacovense, de que foi um dos fundadores.

Por tudo isto e mais que fica por dizer em abono da memória deste amigo, aqui fica a minha homenagem. Que descanse em paz.

Até um dia, amigo Paiva.

António José Vasconcelos.


PS – Se a foto que se insere retrata a saída do mato de nós os dois (o António Paiva à direita, eu à esquerda) de regresso a Bissau, a fotocópia documenta a rendição individual que o Paiva foi fazer na Companhia.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Magusto muito animado

No domingo, 31, como aliás fora anunciado, realizou-se o tradicional magusto. Com castanhas e pinga oferecidas, o ambiente foi bastante vivido. Apesar do tempo estar chuvoso, dentro da sede, contudo, notou-se muita alegria e ambiente quentíssimo, que se prolongou durante a tarde e noite. Muitos combatentes levaram consigo as suas “caras-metades”, bem como netos e amigos.
Foi mais um encontro de pura amizade e confraternização, que mais uma vez cimentou a união entre os que viveram tempos amargurados, e que dentro dessas amarguras e sacrifícios ficaram amizades especiais e duradouras pelo tempo fora.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Três gestos de saudade

Aproveitando o Dia de Todos-os-Santos, data que são lembrados os nossos mortos, a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil não quis também esquecer a memória dos que tombaram em defesa da Pátria nas guerras ultramarinas. Indo ao encontro desse sentir, três elementos da Associação – Leonel Costa, José André e José Vasconcelos – deslocaram-se às sedes de freguesia onde foram colocados ramos de flores nos monumentos ali implantados.
Iniciou-se a romagem pelas 10 horas. Em Pomares, na presença do Presidente da Junta de Freguesia, Amândio Fernandes Dinis, e de alguns familiares dos quatro mortos – Fernando Dias Marques, na Guiné, Ramiro Cosme Costa, Germano Jesus Castanheira e Ernesto Santos Marques Sousa, em Angola – assistiu-se a uma cena muito pungente para quem presenciou. É que a mãe do Ramiro entregou um donativo à Associação para as despesas que vai tendo, em memória do filho.





Na Abrunheira (S. Martinho da Cortiça), na presença do Presidente da Junta de Freguesia, Rui Franco, e mais algumas pessoas, homenageou António Artur Conceição Pereira, falecido na Guiné.




Em Arganil, no monumento da Rotunda do Sobreiral, estiveram presentes mais alguns elementos da Associação e da Associação de Comandos.Neste monumento, que homenageia os mortos do concelho, indicamos os que ainda não foram mencionados: Raul Oliveira Neves, do Maladão, morto na Guiné; Luciano Jesus Dias, de Cepos, morto em Angola; António Agostinho Dinis (Moçambique), Sebastião José da Cruz Antunes (Angola), Vítor Manuel Castanheira Costa (Angola), da freguesia de Folques; José Henrique Pedro (Moçambique), de Moura da Serra; José Lourenço Antunes (Angola), do Piódão; Horácio Dias Ferreira (Angola), de Pombeiro da Beira; Manuel Francisco Silva (Moçambique) e Amândio da Silva Carvalho (Guiné), do Sarzedo; António Marques Lucas e Adelino Nunes, de Teixeira, mortos na Guiné.




Entretanto, em Vila Cova do Alva, os dirigentes José Carlos Ventura e António Vasconcelos, deslocaram-se ao cemitério para depor um ramo de flores na campa de António Fernando Ribeiro Paiva, falecido recentemente vítima de doença que não perdoa. Combateu na Guiné.
Além de, na reunião de direcção se ter proposto um voto de pesar pela perda do associado e amigo da Associação, os dois elementos acima indicados levaram ainda uma carta de condolências que foi entregue à família.