segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

De Sul a Norte de Moçambique passando pelo Centro do País

A Companhia 1054 («Nós ou Ninguém»)  vai diminuindo

Fez 48 anos no passado mês de Novembro (1966), que o Batalhão 1878, depois de Santa Margarida, zarpou de Lisboa com destino a Moçambique, com espírito de missão pátrio. Tendo como destino Zambézia, com alguns meses de permanência, o Batalhão seguiu para Nangololo, em pleno Vale dos Macondes. A sede ficou instalada na antiga missão, enquanto as Companhias 1052 ficava em Miteda e a 1504 se instalava em Miudumbe, no distrito de Cabo Delgado. Antes de regressar à Metrópole, no final de 1967, a Companhia foi aquartelar-se em Montepuez e em Fevereiro de 1968 saiu daqui em direcção a Porto Amélia e dali em paquete, disseram adeus a terras moçambicanas e chegaram quase um mês depois ao chão pátrio: Lisboa.

Após de 48 anos o toque a reunir foi em Coimbra
Se o Batalhão todos os anos tem reunido as suas tropas, nem todas, como é de calcular, porque alguns já não fazem parte dos vivos, a Companhia 1504 tem sido excepção, porque individualmente escolhe duas datas para se reunir todos os anos. Uma em Lisboa, e outra fora da capital, em local a designar.
Este ano, a organização destinou Coimbra como local de operações. Os que vieram da zona do Porto e Lisboa, de comboio, juntaram-se aos restantes da zona de Coimbra. E foi no passado dia 20 de Novembro passado, naquela linda cidade, tendo como palco a sede da Delegação da Liga dos Combatentes, na Rua da Sofia, que lhes foi servido o rancho, nada mau, por sinal, pois teve como prato leitão assado.
No meio da alegria entre uma vintena de rijos combatentes, não podia deixar de haver quem recordasse os tempos difíceis daquela altura; e o Arão, anotando alguns tópicos, recordou aqueles terríveis cinco dias loucos, de Mabo (Zambézia) a Muidumbe, sofrendo a coluna, logo à saída de Moeda, um ataque de abelhas e entre tantos outros ataques que sofremos, recordou a ida à água para os blocos… e aquele que, vindo de Moeda, onde foram abastecer-se, mesmo à entrada do quartel, escoltados por aviões, «fomos atacados e ficámos cercados pelo fogo» e por esse facto, o comandante pediu aos condutores para que nos salvássemos, pois cada viatura levava dois bidões de gasolina». Recordou também aquele dia de muita dor e sangue, sofrido com ataque de leões, em Agosto de 1967… Em termos de alimentação, recordou os pratos fortes da altura: arroz de salsicha e dobrada brasileira. Mas quando lá chegou peixe fresco e se estava a saboreá-lo com arroz… nisto começa a cair fruta da grossa (morteirada e rajadas de metralhadora)… Mas o episódio mais triste «foi quando o nosso comandante nos chamou para nos dizer que o nosso amigo Ernesto Garcia de Oliveira («O Bairro Alto») tinha morrido… e começou a chorar…». E todos, em sentido, com lágrimas nos olhos, recordaram-se os que já nos deixaram: Carneiro, Rodrigues, Cordeiro, Beja, Xeta, Dácio, Paço d’Arcos, Fidalgo (de Penalva de Alva), Mariano, Marrinho, Barreto, Dantas Batista (padeiro) e outros que não sabemos.
Desta Companhia, da região, fazia parte não só o Fidalgo, mas também o Manuel Tomé, de Amoreira (Pampilhosa da Serra), José Vasconcelos (Arganil) e de Coimbra, entre outros, o Pinto Ferreira. Também o Zé Rodrigues (o Cintra), que foi casado em Arganil, faz parte do grupo, bem como o Portugal, que casou no Barril de Alva.



No final do almoço, foi tirada a foto da família e com ela tocou a dispersar, pois todos tinham que seguir os seus destinos, já que o comboio não esperava. O abraço forte entre todos foi marcante, sem que uma lágrima, cada um, não tivesse vertido. Entretanto, foi recebido um telefonema do nosso comandante Jónatas, que não podendo estar presente, por motivos de saúde, em voz alta deixou palavras de muita amizade e de incentivo para que estes convívios jamais acabem, pois estará sempre, como no passado, com todos e para todos deixou um abraço de grande comandante que foi e que continua a ser considerado e estimado.




Ficou decidido que o convívio de 2014, fosse organizado em Arganil. E os organizadores indigitados vão fazer os possíveis para que esta união se mantenha e os verdes anos sejam recordados com intensidade, mas também com saudade… apesar de tudo. E tudo se irá conjugar para que esta Companhia venha assistir ao aniversário da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, no Mês de Maria.

JOSÉ VASCONCELOS

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

N A T A L


A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil deseja a todos os seus 
Associados, Familiares e Amigos um SANTO E FELIZ NATAL

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Associação de Combatentes do Concelho de Penacova

A Associação de Combatentes do Concelho de Penacova foi fundada há dois anos. O primeiro ano foi assinalado com a inauguração do monumento implantado no coração de Penacova e este ano, ou seja no passado dia 1 de Dezembro, foram novamente recordados os mortos na chamada Guerra do Ultramar, em cuja refrega morreram vinte penacovenses. Alguns não voltaram, porque as suas famílias não tendo 10 contos para pagar a trasladação, por lá ficaram sepultados, «em locais inóspitos e de difícil acesso, sem caixão, nem honras de funeral, como se fossem animais», referiu o presidente da Associação, Alfredo Fonseca, na altura da sua prelecção junto ao monumento, que aproveitaria para citar os seus nomes, que cada um dos presentes exclamava PRESENTE!... e no final foi recomendado um minuto de silêncio, respeitosamente acatada a decisão.


Como continuaria o presidente, e perante camaradas combatentes e familiares, «é por todos estes, cujos nomes estão aqui imortalizados neste Memorial, que aqui nos encontramos para lhe garantir se são vítimas do esquecimento por quem tinha o dever de os lembrar e honrar (a Pátria Portuguesa), não seremos nós, pois é por eles que aqui estamos a expressar-lhe os nossos sentimentos e a pedir a Deus que os tenha em glória». De seguida chamou um a um pelos seus nomes: José Fernando Almeida Brito (Quintela – S. Pedro de Alva), Adelino Silva Costa (Monte Redondo – Figueira de Lorvão), Adosindo Carvalho de Brito (Boas-Eiras – Penacova), Albino da Silva Martins (Boas-Eiras – Penacova), António dos Santos Marques (Aveleira – Lorvão), António Ferreira (Coiço – Oliveira do Mondego), Arménio Oliveira Alves (Miro – Friúmes), Carlos Alberto Brás das Neves (Lufreu – S. Pedro de Alva), António Marques Pereira Fonseca (Rebordosa – Lorvão), Carlos Batista Alves (Vila Nova – Penacova), Fernando Marques Pinto (Vale do Tronco – Friúmes), Floriano da Silva (Lavradio – Oliveira do Mondego), Henrique dos Santos Cabral (Ponte – Penacova), José Lucas Barros de Carvalho (Rebordosa – Lorvão), Leonel Ferreira Rosas (Travanca do Mondego), Manuel Bernardes (Granja – Figueira de Lorvão), Manuel da Silva Vilas (S. Mamede – Lorvão), Manuel dos Santos Tomé (Lorvão), Mário Henriques Santos (Carregal – Friúmes) e Bento Lemos Esperança (Lorvão).



Depois desta primeira operação, de saudade, todos rumaram à Quinta da Nora, situada em Miro, onde foi realizada a assembleia-geral da Associação, presidida pelo seu titular, António Martins Coimbra, ladeado por Vítor de Jesus Lopes, António Ferreira Simões e Alfredo Fonseca.
Aprovadas que foram as previsões financeiras para 2014, que dão um total de 3.330,00€, entre receita e despesa, foi anotado que a Associação irá comprar uma bandeira, que custará 450€. A despesa com o monumento cifrou-se em 3.540€, totalmente pago.
Em relação às actividades para 2014, há que manter uma forte interligação com outras Associações dos concelhos vizinhos e promover, no mínimo, dois convívios anuais, «a fim de promover e fortalecer a amizade entre todos os combatentes e dar graças a Deus por estarmos vivos».


De seguida teve lugar o almoço de convívio, onde o presidente da direcção da Associação voltou a usar da palavra para, entre outras coisas, agradecer às autarquias que com a Associação têm colaborado, particularizando o papel da Câmara Municipal de Penacova e outras pessoas que trabalharam para a criação da Associação.
Um dos mentores da criação da Associação, António Martins Coimbra, falou sobre as vicissitudes porque passaram, logo «os nossos governantes e muito povo português depressa se esqueceram dos milhares de militares que morreram no ex-Ultramar, assim como dos milhares de feridos, viúvas e órfãos, espalhados por esse país fora». Referiu ainda «aqueles que tanto sofreram, mas que com alguma sorte muitos regressaram da guerra, os ex-combatentes que continuam a pagar um elevado preço psicológico por terem vivido situações de extremo stresse durante a Guerra do Ultramar», numa guerra que, «quando nos preparavam para ela, ninguém nos informava se a guerra era justa ou injusta, a nação precisava de nós e como tantos outros jovens, eu disse presente».
O Presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, um jovem enquanto decorria a Guerra do Ultramar, e que a viveu através de seu pai ter sido combatente, falou daqueles homens maduros a quem «a minha geração muito deve a sua existência», que depois da guerra aquilo que se tem, e apesar da crise, vivemos num país melhor do que das décadas de 60 e 70, devendo-se este bem-estar também a essa geração que passou dois anos mais lentamente do que agora. Foram homens, como disse, que deram o melhor de si à Nação, como país, que as circunstâncias da altura assim o exigiram e que daqui a 50 anos sejam melhores e que haja jovens como estes, que «há 40 ou mais anos atrás tentaram fazer».


Nesta cerimónia estiveram presentes a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar, com sede em Tondela e Delegação de Coimbra da Associação de Comandos.

ZÉ VASCONCELOS.

domingo, 24 de novembro de 2013

FIM de ANO - ACCA


40 tiros por pessoa

EMENTA

Marcações:
António Vasconcelos-964861328
Zé Gomes-963018181 
Leonel Costa-961119239

40 tiros por pessoa

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Magusto 2013


A Associação voltou a demonstrar vitalidade

A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, não esqueceu mais uma tradição. Como nos encontramos na época de magustos, tendo em lembrança S. Martinho, a sua direcção voltou a cumprir com o seu programa e no dia 17 de Novembro, na sua sede, na Casa do Cantoneiro, organizou um magusto. Porém, antes das castanhas, umas febras, com boa pinga, não foram rogadas. Alguns sócios e amigos estiveram presentes, com os quais a Associação vai dando vida ao Bairro do Prazo com as suas iniciativas.
Este convívio teve também o objectivo de mostrar que o exterior do edifício foi pintado, dando-lhe um ar mais lavado e digno da Associação que alberga. Foram cerca de três mil euros que foram despendidos e só com estes e outras iniciativas se poderá manter a chama viva do da Associação, que todos os domingos, a partir da tarde, abre a sua sede e nela se convive durante agradáveis horas.


ZÉ VASCONCELOS

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Do centro ao norte de Moçambique passando por Coimbra

Companhia de Caçadores 1504 em convívio

Este o símbolo da Companhia que ainda se encontra em Muidumbe, em plena terra dos Macondes, que tem como slogan, «Nós ou Ninguém»

Segundo a Ordem de Serviço N.º 2/2013, proveniente da Região Norte, Centro e Sul, datada de 24 Outubro 2013, que me foi enviada pelo Carlos Correia, de Gaia, determina e manda publicar que os militares da Companhia da Companhia de Caçadores 1504, do Batalhão 1878, que esteve em missão de serviço em Moçambique (Zambézia e zona de Mueda), entre 1966-1968, são “desafiados” para participarem em mais um almoço, desta vez em COIMBRA, a realizar no 20 de Novembro 2013, quarta-feira, na sede da Liga dos Combatentes, na Rua da Sofia.
Aconselha-se os participantes, a fazerem a viagem de ida e volta, de comboio, segundo os horários disponíveis. A chegada dos comboios a Coimbra será entre as 10.45 e as 11,30 horas,  e o regresso será pelas 18.30 horas. Portanto, vão ser cerca de sete horas de curso de formação acelerada.
Os interessados neste regresso ao passado, devem contactar o Arão (214373492), o Correia (220945766) ou o Pinto Ferreira (239702859) o mais breve possível, para se montar tenda de campanha em função do número de presenças e passar os respectivos passaportes de fim-de -semana e dispensa do toque d´ordem.
Recorde-se, que devem vestir a farda nº 1, ter as botas a brilhar, o cabelo cortado e a barba bem aparada.
Poderá haver necessidade de distribuir ração de combate n.º 20 Tipo , (bolacha de água e sal, noguet , lata de atum e chouriço com bolor).
Ficamos a aguardar contactos e até lá podem fazer, firme, sen...tido, des…tru…çar.
Recordamos que desta companhia faziam parte elementos de Pampilhosa da Serra, Arganil, Barril de Alva e Penalva de Alva (este infelizmente falecido).

ZÉ VASCONCELOS

domingo, 10 de novembro de 2013

Combatentes de Arganil à roda de magusto


São as castanhas assadas e água-pé que vão levar, mais uma vez, até à sede da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, o convívio e amizade, a realizar no domingo, dia 17, a partir das 16 horas. No momento que a sua sede (Casa do Cantoneiro) anda em obras de conservação, seria bom que a maior parte, os que vestiram farda ou não, subissem até ao Bairro Prazo para com todos conviver e ao mesmo tempo colaborar nas iniciativas que a Associação tem em mãos, inclusivamente a colocação de símbolos que emergem da história da presença de cada um em terras africanas.

ZÉ VASCONCELOS

sábado, 9 de novembro de 2013

Ex-combatente luta contra stress de guerra


O Nosso Associado e Amigo, Abilio Cardoso enviou-nos um artigo publicado no Jornal Oeste Online, em 18 de Agosto de 2008 e que nos parece de interesse para todos os Combatentes.
deixamos para leitura. 

José Morgado Vieira foi incorporado em Janeiro de 1973 em Vendas Novas, no curso de sargentos milicianos. O comandante do quartel era o coronel “Oliveirinha”, dos Comandos. “Era a tropa mais especial que havia e nós também a tivemos”, conta José Vieira.
“Para mim, o primeiro confronto de “guerra” foi ainda cá em Portugal, por causa da preparação. Tive uma “guerra psicológica”, que transformou o meu ego numa máquina de combate, em que me tiraram todos os valores, nos seis meses de formação no curso”, sublinha.
“Prepararam-me para a guerra colonial como uma máquina de matar e destruir. O inimigo era para abater sem contemplações, quase como o Hitler quis fazer aos judeus. Fomos completamente destroçados de todos os nossos valores culturais, sociais, familiares e de amizade. Tudo isso nos roubaram através do sofrimento e da dor, do passar fome e sede, de não nos deixarem dormir. Foi uma tortura psicológica. Foi a principal “guerra” por que passei, mais do que a “guerra balística”", conta.
Durou seis meses. Como sargento ministrou duas recrutas. Ao fim de um ano, quem não era mobilizado para as colónias já não ia e ficava. Quando faltavam apenas onze dias para passar à desmobilização, a 19 de Dezembro, é chamado para arrancar para Moçambique.
“Estranhei a situação, mas informaram-me de que eu ia em rendição individual, isto é, ia substituir alguém que tinha sido morto”, comenta.
Na altura era furriel miliciano de artilharia. Não tinha destacamento, porque foi sozinho. Isso fez com que tivesse uma entrada diferente em Moçambique.
“Deram-me um bilhete de avião e não sabia qual era a minha missão. Tinha 21 anos e os meus familiares ficaram apreensivos. Apesar de trabalhar em Lisboa eu era um moço da aldeia e também não sabia o que me esperava nem para onde é que ia. Era tudo sigiloso”, recorda José Vieira.
“Fui num avião civil. Era a primeira vez que andava avião. Não conhecia ninguém. Quando cheguei a Moçambique, à cidade da Beira, não sabia o que havia de fazer. Encontrei paraquedistas portugueses que estavam de serviço no aeroporto e disseram-me para apresentar nos Adidos. Mandaram-me para a messe de sargentos e aguardar por novas ordens. Ali aguentei oito dias, à espera. Recebo então a informação para ir apanhar o avião para Tete, a 27 de Dezembro”, relata.
Passou-se o mesmo em Tete, que era conhecido como o “cemitério dos brancos”. Foi para os Adidos à espera da colocação definitiva. Passaram-se dez dias até lhe dizerem que ia de boleia, numa aeronave uni-motor de distribuição de correio, para o quartel de Gago Coutinho, no norte do distrito de Tete, a três quilómetros da Zâmbia.
“Tive então a minha prova de fogo, numa povoação só com palhotas e um quartel feito de zinco. Tinha uma companhia de 120 homens à minha espera. Quando aterrámos, numa pista de terra batida, os homens – que já tinham um ano de guerra e muitos deles já estavam loucos por aquilo que tinham passado - abeiraram-se de mim e massacraram-me com perguntas: “O que é que vieste para aqui fazer? Não tiveste coragem de fugir? Vens para aqui morrer como nós?”, lembra o ex-militar.
“O que eu vi na cara deles foi pessoas já desumanas. Houve um cabo que me agarrou no braço, levou-me à enfermaria e disse-me: “Tu vens substituir aquele que está no caixão. Vens fazer a vez do furriel Leal, que está à espera de embarque para Portugal, onde será o funeral”. Fiquei abaladíssimo e disse para mim que já não voltava mais ao meu país”, refere.
O furriel Leal era atirador de artilharia e morreu num combate que a Frelimo fez ao quartel. “A Frelimo atacava-nos desde o território zambiano e nós não podíamos ripostar, porque não podíamos estar a atacar outro país”, sustenta.
“Fui chamado à secretaria pelo capitão José Lopes, comandante da companhia de artilharia (CART 7251), que pôs-me ao corrente do que eu ia fazer e disse-me que eu tentasse pelo menos salvar a minha vida. Tive o alferes Escoval como meu comandante de pelotão e como colega o furriel Poejo, que me deu apoio psicológico”, descreve.
Segundo José Vieira, “estávamos num ponto estratégico”. Era o único quartel junto à fronteira com a Zâmbia. A principal missão era não deixar a Frelimo entrar em Moçambique. Junto ao quartel havia três povoações de nativos – Gago Coutinho, Nhassaula e M’peua - com cerca de 700 habitantes, que se consideravam portugueses. “Estávamos ali a guardar as povoações dos ataques”, indica.
O ex-combatente conta que “estivemos debaixo de fogo várias vezes. Tínhamos um indiano, que passava a palavra da Frelimo para nós. Era o intermediário que nos avisava que íamos ser atacados”.
No dia 1 de Março de 1974 houve um ataque enorme ao quartel de Gago Coutinho, com 250 homens da Frelimo. Os canhões sem recuo, com morteiros de 122 mm, foram colocados no morro da fronteira com a Zâmbia e eram manejados por chineses. “A sorte do nosso quartel foi que só duas granadas é que caíram dentro do quartel, as outras passaram por cima, senão teria sido um morticínio total. Nós, como tínhamos sido avisados, também já estávamos nos abrigos subterrâneos”, afirma José Vieira.
Um elemento da Frelimo, que era fotógrafo e tinha uma máquina Zenit russa, foi a cerca de um quilómetro da unidade para tirar fotos do quartel intacto e depois com o quartel destruído e com a bandeira da guerrilha. Só que entregou-se aos portugueses e avisou-os do que ia acontecer. E os militares lusos prepararam-se. Quando começou o ataque, deixaram o inimigo aproximar-se do quartel, até ao primeiro arame farpado e ao anoitecer começaram a disparar. “Ficaram lá uns quantos agarrados ao arame farpado. Da nossa companhia ainda houve sete feridos”, garante José Vieira.
Deu-se o 25 de Abril em Portugal, mas a Moçambique “nunca chegou o cravo vermelho, pelo contrário, a situação tornou-se um inferno”, desabafa o militar, apontando que “na altura estava numa operação com 23 soldados e recebemos uma mensagem via rádio a dizer que havia um golpe de Estado em Portugal. Atirámos as armas ao ar, porque pensávamos que a guerra tinha acabado. Mas não”.
“Foram ataques e mortos todos os dias a seguir, porque era a pressão total da Frelimo para com o Estado Português, de forma a conseguirem mais rapidamente a independência”, faz notar José Vieira, frisando que “enquanto em Portugal se vivia uma euforia tremenda, em Moçambique os militares portugueses foram completamente abandonados pelo Estado”.
“Fomos nós, em cada quartel, individualmente, que fizemos as tréguas com os chefes ou comandantes das bases da Frelimo, porque senão ainda hoje lá estaríamos”, alega o ex-combatente.
A base da Frelimo mais próxima era comandada por José Moiane, destacado guerrilheiro. “Enviámos cartas, através dos nativos, para acabarmos com a guerra. Não havia quaisquer imposições. Queríamos era que nos deixassem de chatear, para ficarmos lá até o Estado Português nos chamar”, refere José Vieira.
Não foi fácil. O comandante Moiane não aceitou logo, só passados alguns dias. As tréguas só aconteceram na primeira semana de Maio.
No dia 17 de Maio, a companhia recebeu ordens para sair de Gago Coutinho e ir para a cidade de Tete. Em Julho, a companhia veio para Portugal, mas José Vieira ficou lá, porque não tinha ido com os restantes militares.
“Fui para outra companhia, na ZOT – Zona Operacional de Tete, como adido. A Frelimo ocupou quartéis portugueses e eu comecei a ajudá-la a desenvolver campanhas de alfabetização na cidade, junto de miúdos e idosos. Ajudei também na organização administrativa nos quartéis e em serviços de patrulha”, revela.
“Nos piquetes juntavam-se soldados portugueses e da Frelimo, o que era uma guerra. Os portugueses não queriam estar ao lado de quem tinham combatido. Mas quem mandava era a Frelimo”, argumenta.
“Viveu-se um período a que posso chamar de “guerra das minas”, porque a Frelimo não teve tempo para retirar as minas que tinha colocado nas estradas e de vez em quando a tropa portuguesa era atingida quando passava de carro por cima de alguma. Para não se entrar na barragem de Cabora Bassa, foi toda armadilhada à volta. Ainda hoje não se sabe onde está o “croquis” desse armadilhamento e muita gente morre”, manifesta.
Ficou em Moçambique até 17 Março de 1975, altura em que veio para Portugal, após ter recebido ordens para regressar.
Recebeu uma Cruz de Guerra (medalha), mas o que mais ganhou foi a amizade dos seus companheiros de guerra – o cabo Vieira, os furriéis Poejo, Amaral, Neves e Rodrigues, os alferes Escoval e Medeiros, o capitão José Lopes e tantos outros, que se juntam anualmente.
“Nunca fui atingido, mas o ferimento que trouxe foi a claustrofobia e o stress de guerra, de que sou tratado desde a minha vinda para Portugal”, afirma.
“Não choro por aqueles 10 mil que morreram há trinta e tal anos. Choro por aqueles 400 mil que hoje sofrem do trauma de guerra, dos quais 100 mil não têm dinheiro para pagar a medicação e 30 mil estão em cadeira de rodas. A América reconheceu os seus combatentes no Vietname. A Inglaterra reconheceu os combatentes que estiveram nas Malvinas. Nós até hoje somos abandonados pelo Estado Português”, desabafa.

Francisco Gomes
Furriel de artilharia destacado em Moçambique entre 1973 e 1975, José Morgado Vieira, 56 anos, natural e residente em Tagarro, freguesia de Alcoentre (Azambuja). Casado, tem três filhos, de 13, 26 e 29 anos. Saiu de casa aos 17 anos e foi trabalhar para Lisboa como escriturário. Quando regressou de Moçambique, trabalhou numa fábrica de detergentes, foi agricultor e tornou-se bancário, profissão que exerce desde 1984, sendo gerente do balcão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de A-dos-Francos, nas Caldas da Rainha.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Combatentes do Concelho de Penacova celebram dois anos de existência

A Associação dos Combatentes do Concelho de Penacova perfaz dois anos de existência. Foi no dia 1 de Dezembro próximo, no ano de 2011, no Restaurante por cima do Minipreço, na Espinheira, que foram eleitos os primeiros corpos gerentes e aprovados os Estatutos, seguida de tomada de posse.
Assim, é desejo da Direcção comemorar essa data com um almoço-convívio, no Restaurante da Quinta da Nora, em Miro, no dia da efeméride (1 de Dezembro).

A concentração terá lugar pelas 11.30 horas, no jardim ao lado Câmara Municipal de Penacova, para deposição de uma coroa de flores junto ao Memorial, em homenagem aos nossos companheiros que tombaram ao serviço e defesa da Pátria na Guerra do Ultramar.



Às 12 horas, já na Quinta da Nora, terá lugar a assembleia-geral, para aprovação do Orçamento e Plano de Actividades para o ano de 2014, finda a qual terá lugar o almoço, composto por entradas, sopa e um prato de bacalhau, bebidas, águas, sumos, vinhos, sobremesa e digestivos, pelo preço de 12 balas. Mas a direcção alerta que o sócio que ainda não pagou as quotas, deve ser portador na cartucheira de mais 12 munições para pagamento da quota de 2013.
A direcção pede ainda que cada um leve a sua família e outros combatentes que ainda andam à deriva.
A marcação para o almoço deve ser feita até ao dia 25 de Novembro, pelos contactos: 239 456 277 – 936 739 566.

ALFREDO SANTOS FONSECA



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Combatentes do Concelho de Arganil fizeram continência aos camaradas mortos em combate



A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, desde a sua fundação, e desde que Pomares, S. Martinho da Cortiça e Arganil possuem no seus territórios marcos vincados, eternizando aqueles que um dia abalaram para terras africanas e morreram em defesa da Pátria, elementos dos corpos sociais têm ido àquelas localidades e colocado coroas de flores nos monumentos em cada uma das freguesias onde se encontram instalados esses marcos.
No passado sábado, dia 2, depois de Pomares, o gesto ampliou-se à Abrunheira, finalizando no monumento do Sobreiral. Na altura própria fizeram-se ouvir, em uníssono, os nomes que estão gravados nas placas respectivas.
Com tais gestos os mortos combatentes de cada uma das freguesias estarão sempre no pensamento daqueles que ainda por cá vão labutando, e souberam, também eles, quanto foi penoso os dois anos passados fora de casa, sem os afectos familiares e sem a vivência dos amigos, mas que, em contrapartida, acabaram por ampliar esse lote de novos amigos, através de momentos maus, mas também bons, por que não dizê-lo, cimentando uma amizade forte, diferente, que perdura e perdurará para sempre, entre todos os que pisaram sertão africano, em tempo de guerra.


ZÉ VASCONCELOS

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Combatentes de Tábua operacionais na freguesia de Ázere

A Associação de Combatentes de Tábua, registando o normal fervor patriótico, levou a efeito, na freguesia de Ázere, o seu VIII Encontro. As vindimas fizeram-se notar na afluência que, mesmo assim, ao almoço de confraternização ainda chamou cerca de uma centena de convivas.
A concentração para o Encontro fez-se junto ao monumento ao Combatente, em Tábua, onde foi feita a chamada dos vinte e um conterrâneos falecidos em combate e depositadas coroas e ramos de flores pelo Município, Associação de Arganil e local e também por familiares. Nesta cerimónia falou Fernando Andrade, que pôs em destaque o patriotismo que então levou as nossas tropas ao Ultramar e referindo-se propriamente aos que tombaram na frente de batalha, elevou-os à galeria dos heróis consagrados no Hino Nacional, de nobre povo, Nação valente.
De salientar, logo aqui, a presença do Dr. Alfredo Areia, presidente da Assembleia Municipal; Dr. Ricardo Cruz, em representação da Câmara Municipal; representantes da Associação de Combatentes de Arganil e da Liga de Combatentes; e de Isabel Maria Lourenço, presidente da Junta de Freguesia de Ázere, localidade para onde seguidamente se dirigiu a comitiva e onde foi feita uma romagem ao cemitério, com deposição de coroas de flores pela autarquia e pela Associação de Combatentes de Tábua.
Fernando Andrade explicou o significado desta visita que teve como intenção prestar homenagem a todos quantos, ao longo da história, tombaram em qualquer época ou ponto do Globo, servindo militarmente a Pátria.





Já na sede da Junta, num dos muros circundantes, teve lugar o descerramento duma lápide alusiva do VIII Encontro dos Combatentes, no qual intervieram o dr. Alfredo Areia, Fernando Andrade e Isabel Maria Lourenço, que proferiu palavras de muito apreço pela figura do combatente e da sua satisfação em receber esta jornada patriótica.


Na igreja matriz, o capelão da Associação, padre Paiva, celebrou missa de sufrágio, tendo centrado na homilia as consequências humanas dos efeitos da guerra.
O almoço, servido nas instalações da LAFA, decorreu em ambiente de franca camaradagem, tendo aos discursos usado da palavra Fernando Andrade, que acrescendo à sua qualidade de presidente da assembleia geral da Associação estava também a representar o presidente da direcção, António Carvalho Nunes, impossibilitado de estar presente por falecimento de um familiar, e que situou as suas palavras em factos históricos relacionados com o conflito colonial.
Por sua vez, o Dr. Ricardo Cruz fez uma reposição, muito bem concebida, sobre a figura do combatente no contexto da vivência actual.


O último acto deste Encontro coube à Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, representada por
António José Vasconcelos, oferecendo uma lembrança à sua congénere de Tábua, atitude que foi sublinhada com grande ovação, até porque a ofertante tem sido sempre presença assídua e amiga.

Segundo foi anunciado, o convívio do próximo ano será na freguesia de Candosa.

FERNANDO CARVALHO ANDRADE

sábado, 26 de outubro de 2013

Os Combatentes de Arganil na «operação» norte e centro do país


Os Combatentes de Arganil saíram-se bem na «operação» que fizeram ao norte e centro do país

Foi no passado fim-de-semana, 19 e 20, que a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil organizou uma «operação» ao norte e centro do país, tendo as coordenadas sido bem orientadas e por isso as «emboscadas», feitas nalguns pontos, foram bem-sucedidas. Neste envolvimento operacional não foi preciso levar ração de combate, porque os pelotões, agora mistos, foram abastecidos em locais próprios e bem instalados, sem calor, sem a apoquentação dos mosquitos, nem tão-pouco de estarem à espera de uma bazucada ou um tiro de morteiro ou de rajadas de metralhadoras.
A viagem, feita não em onimogue (caga-tacos) ou belriet, mas sim em mochimbombo (autocarro) de luxo, teve a terminá-la um «mergulho» na Ria de Aveiro, que deu ânimo para que toda a malta chegasse sã e salva a esta terra de «pintassilgos».
Tudo chegou bem e salvo e por isso, por tudo o que se passou durante a viagem, há que dar os parabéns à direcção da Associação, que tudo fez para que o êxito da operação tivesse êxito.
Agora segue-se o magusto, no dia 17 de Novembro, a partira das 16 horas, na sede do Bairro do Prazo. Até lá.

ZÉ VASCONCELOS

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fuzileiros Especiais desembarcaram em Arganil

Com Mont’Alto por perto…
Fuzileiros Especiais desembarcaram em Arganil

 ALBERTO MANUEL AMARAL NEVES

Dos mais diversos pontos do País, no dia 1 de Junho de 2013 desembarcaram, no Bairro do Prazo, em Arganil, os bravos do DFE 9 Destacamento de Fuzileiros Especiais n.º 9, capitaneados pelo comandante João Manuel Bandeira Balançuella Eanes.
Assim se deu início a uma jornada de confraternização de um punhado de ex-Fuzileiros Especiais da Marinha de Guerra Portuguesa, familiares e amigos, para comemorar o 42.º aniversário da sua comissão de serviço em terras de Moçambique (Niassa e Tete), de 1971 a 1973.
O primeiro embate realizou-se na sede da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, que gentilmente abriu as portas aos seus camaradas de luta, para uma recepção à moda das Beiras, com petisco, boa pinga, camaradagem sã e uma visita ao Museu que a todos deixou encantados.
O presidente da Associação, António Vasconcelos, secundado pelo nosso amigo José Gomes, ambos deram as boas-vindas à rapaziada, bem como todos os restantes ex-militares que quiseram estar presentes.
De seguida rumaram ao Santuário de Nossa Senhora do Mont'Alto, aproveitando para visitar e  ficaram  deslumbrados com as nossas magníficas paisagens serranas, para depois se aprontarem para o rancho, servido pelo restaurante local, animado pelo convívio, bolo de aniversário, espumante e fotos da praxe.
O momento da partida chegou com alguma tristeza e saudade, mas já agendado o 43.º aniversário para 2014, em Barcelos.
Para além dos enunciados, há uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal de Arganil, na figura do seu presidente Eng. Ricardo Pereira Alves e sua secção de Turismo, que colaboraram desde a primeira hora com lembranças para os convivas.

Em meu nome, ex-marinheiro telegrafista e fuzileiro especial (MAR. C. FZE n.º 2247/69) como organizador principal deste evento fico grato e devo salientar que Arganil, suas gentes e instituições souberam, como sempre, bem receber e promover o nosso concelho.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Marinheiros «aportaram» em Arganil após 12 anos


Domingo, 22 Setembro de 2013, é mais um dia que fica marcado na história de Arganil, pois mais de meia centena de marinheiros (de «Escolas» na gíria da Marinha), vieram a Arganil para conviver com os seus camaradas do concelho e não só e, ao mesmo tempo, participar no aniversário do Núcleo de Marinheiros de Arganil e recordar fundadores já falecidos e outros camaradas que entretanto faleceram.
Isto aconteceu na visita que todos fizeram ao Monumento dos Combatentes. Ali foram recordados Fernando da Costa Vasconcelos «O Marinheiro», João Alberto Fernandes César, 1.º tenente Fernando Gomes Loureiro, António Vaz, José Agostinho Vaz Vicente, Casimiro Calinas e José Manuel Quaresma Marques. As esposas de José Agostinho e Fernando Loureiro, respectivamente Virgínia Marques Santos e Maria Isabel Castanheira Antunes Loureiro, depuseram um ramo de flores no pedestal do monumento, enquanto José Gomes, um dos responsáveis pelo Núcleo de Marinheiros de Arganil, deixou palavras sentidas em relação aos seus camaradas falecidos e pediu que ficasse registado um momento de silêncio, enquanto eram proclamados os seus nomes em uníssono.
Os marinheiros eram em número de cerca de 50, mas com familiares e amigos não passaram as 100 presenças, foram recebidos na sede da sede da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil (antiga Casa do Cantoneiro), onde também funciona o Núcleo de Marinheiros, com um espaço constituído em museu, que merece ser visto e apreciado, tal como fizeram os visitantes, que ficaram maravilhados com o que presenciaram e admiraram.
Alguns, vindos de Almeirim, um pouco abalados pelo jejum extemporâneo, não se fizeram rogados e soube-lhes bem o petisco que os esperava, e que proporcionou a todos os restantes melhores condições físicas para ouvir as palavras proferidas pelo presidente da Associação, António José Travassos de Vasconcelos, nas quais reflectiu não só o orgulho da instituição ter sob a sua cobertura tão numeroso grupo de marinheiros, alguns dos quais fazendo também parte dos corpos sociais da instituição, mas também pela valorização cultural que o Núcleo empresta ao espaço, com o material histórico que nele se encontra exposto. Felicitou todos os presentes e deixou saudação forte: de que venham sempre a Arganil, porque os arganilenses são hospitaleiros e sabem receber bem.


Abílio Cardoso, em representação dos Combatentes de Góis, que andou em missão na Guiné, emocionado, deixou reconhecimentos aos homens da Marinha, pela forma como esta força sempre tratou o Exército, muitas vezes em situações de bastante perigo, e fez entrega de uma medalha da sua Companhia para que conste no Museu da Associação.
José Rodrigues Gomes, a alma viva do Núcleo de Marinheiros, que com José Guerreiro, Mário Afonso Gomes, Rui Mota e outros, fizeram e fazem com que o grupo continue coeso, depois de ter passado já os seus 36 anos de vida, lamentou que só passados 12 anos é que novamente Arganil foi escolhida para mais este convívio, agregando motivos por que tal aconteceu, um deles a falta de saúde. Citou os fundadores falecidos, Fernando Vasconcelos e Fernando Loureiro, pois o seu exemplo serviu para impor forças para se chegar até aqui. E em relação aos Núcleos presentes, deixou a nota de que, com eles, «existirá sempre um elo grande e forte entre todos». José Gomes não esqueceu a colaboração dada pela Câmara Municipal de Arganil e assim este encontro fosse mais um êxito.
Após a visita à Cerâmica, cujo edifício, exterior e interiormente, foi muito apreciado, como também foi apreciada a exposição «Por quê», de autoria do médico arganilense Dr. José Augusto Coimbra, a comitiva seguiu em direcção ao monumento, vivendo-se ali, como atrás referimos, momentos grandes de saudade e de reflexão.
Concluídas estas duas visitas, os combatentes, os da Marinha e do Exército (também os havia), dirigiram-se ao Parque de Campismo, onde o Restaurante «Manjar dos Leitões», de Arganil, soube mais uma vez primar na confecção, na fartura e no bem-servir.

A registar três notas
«O MARINHEIRO» NÃO FOI ESQUECIDO – Nas palavras que António Fonseca, de Salgueiral de Coja, proferiu em homenagem ao «Marinheiro», referiu que foi por causa dele que foi para a Marinha, dadas as palavras que o Fernando Vasconcelos lhe incutiu quando visitou sua mãe, no Salgueiral, ao acabar de regressar da Índia. As suas palavras foram de tal forma fortes, que dele fizerem o homem que é hoje. Com 16 anos abalou para Lisboa e foi com grande orgulho quando recebeu a ordem para se apresentar na Marinha e depois quando se apresentou, fardado, perante o saudoso Marinheiro.

HÁ 50 ANOS TINHAM ENTRADO PARA A MARINHA – São dois arganilenses. Ambos entraram, há 50 anos, para a Armada, para integrar a força especial de Fuzileiros. Fizeram várias missões no Ultramar. Agora reformados, os Franciscos Vilhena Nogueira e Matias Alves, encontraram-se neste convívio, pois há muitos anos que não se encontravam. Por que no domingo faziam 50 anos que tinham entrado para a Marinha, o Núcleo de Marinheiros fez questão em lhes oferecer um bolo e ser saboreado por todos, com champanhe.

O COMANDANTE QUE SABE ESTAR… – O comandante da GNR, 1.º sargento , geralmente está presente nestes convívios em que a farda foi a principal protagonista. A sua maneira de ser, educada, simples, própria de um autêntico GNR, que sabe falar, que sabe estar e conviver, pois é este o sentido do emblema da corporação, «Pela Lei e pela Grei», estar com o povo e não apenas passar coimas. E neste convívio o comandante lá esteve, levando consigo a esposa e filhitas.
Como alguém reconheceu, é assim que deve ser um soldado da GNR, dado com o povo e não sentir como exagerada, por vezes, a farda que enverga.

ZÉ De VASCONCELOS




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O horário de Inverno chega já no próximo domingo


No próximo domingo, dia 27 de Outubro, às duas da madrugada os relógios têm que ser atrasados 60 minutos, para a 1 hora, em Portugal Continental e na Madeira. Nos Açores a hora muda da 1h para a meia-noite.
A mudança de horário ocorre duas vezes ao ano. No último domingo do mês de Outubro e no último domingo do mês de Março, altura em que se adiantam os relógios 60 minutos para entrar no horário de Verão.

domingo, 13 de outubro de 2013

O verdadeiro Paraquedista


Pára de renome mundial, embaixador, amigo e associado da ACCA

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Excursão ao NORTE


Programa:
1º Dia
07h00-Saída de Arganil (junto ao Teatro Alves Coelho)
10h00-Visita ao Porto (panorâmica)-passagem pelos pontos turisticos da cidade do Porto
12h00-Almoço no hotel das termas em Caldas das Taipas (hotel de 3*)
14h30-Visita ao Gerês e Santuário S. Bento da Porta Aberta (tempo livre nos 2 pontos de visita)
18h30-Degustação em Guimarães de doces regionais
20h30-Jantar com música ao vivo no hotel das termas em Caldas das Taipas
22h00-Bailarico
Acomodação no mesmo hotel.
2º Dia
9h00-Visita a Guimarães (Penha da Saúde e cidade)-quem quiser depois pode descer
no teleférico na Penha da Saúde que o autocarro espera em baixo da cidade.
11h30-Visita ao Santuário do Bom Jesus
13h30-Almoço no Sameiro, restaurante Central
17h30-Visita a Aveiro (passeio de barco na ria de Aveiro)
20h00-Chegada provável a Arganil

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aniversário da ACUP - Associação Combatentes do Ultramar Português

A Nossa Associação esteve presente no Aniversário da ACUP - Associação Combatentes do Ultramar Português, onde colocou uma palma de flores no Monumento aos Combatentes

O Presidente da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil presenteia a ACUP com o brasão da ACCA pintado em Xisto

Almoço Nacional dos Combatentes da Guiné


terça-feira, 10 de setembro de 2013

FICABEIRA 2013

 O Nosso Stand na Ficabeira 2013
2 Amigos da nossa Associação 
A "Combatente"

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Nossa Senhora do Mont'Alto 2013


Mais um ano em que a nossa Associação vai estar presente nos Festejos 
em honra da Nossa Senhora do Mont'Alto. 
Prezados Sócios e Amigos esperamos pela vossa visita

sábado, 6 de julho de 2013

Sardinhada Anual ACCA







Decorreu no passado dia 29 de Junho, Dia de São Pedro a já tradicional Sardinhada da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil.
Fotos do camarada Alberto Americano

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SARDINHADA 2013


SARDINHADA  Anual.

Mais um evento da nossa Associação.
Convidamos todos os associados, familiares e amigos a estarem connosco no próximo dia 29 de Junho (dia de São Pedro), na nossa já monumental Sardinhada.