domingo, 28 de abril de 2019

José Augusto Dias – Prisioneiro de Guerra


José Augusto Dias nasceu no dia 7 de Dezembro de 1934 em Aldeia das Dez, filho de Manuel Augusto Dias e de Maria da Piedade Silva. Incorporado na Marinha de Guerra Portuguesa, fazia parte da guarnição do NRP Afonso de Albuquerque que estava em missão no Porto de Mormugão, em Goa, quando foi invadida pela União Indiana, no dia 18 de Dezembro de 1961. Não se renderam e entraram num combate desigual contra vários navios de guerra Indianos. Aprisionados, foram levados para o Alfa Detenou´s Camp em Pondá, na União Indiana, onde as condições eram péssimas e tinham de trabalhar. Contou-me que um dia, ao regressarem dos trabalhos forçados, o motorista Indiano, a pretexto de fazer as necessidades, parou o camião num declive mal travado. Valeu-lhes a agilidade do “Arganil”, que saltou para o volante e o travou. O “Arganil” era o Fernando Vasconcelos (Fernando “Marinheiro”), que também fazia parte da guarnição do NRP Afonso de Albuquerque. No dia 19 de Março de 1962 esteve em frente de um pelotão de fuzilamento com os outros prisioneiros devido a uma tentativa de fuga de três militares portugueses, valendo-lhe na altura a ousadia do Capelão Ferreira da Silva que evitou um banho de sangue. Libertado no 6 de Maio de 1962 foi levado, no dia seguinte, para Karachi, no Paquistão, onde embarcou no navio português Vera Cruz, que zarpou a 9 de Maio rumo a Lisboa via Canal do Suez, onde chegou a 22 de Maio de 1962.

"Carlos Dinis - Histórias da Minha Aldeia das Dez "

quinta-feira, 18 de abril de 2019

quarta-feira, 17 de abril de 2019

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Antigos combatentes vão ter estatuto e cartão especial

Antigos combatentes vão ter estatuto e cartão especial

O Governo aprovou nesta quinta-feira o Estatuto de Antigo Combatente que concretiza o reconhecimento do Estado a quem combateu “ao serviço de Portugal”, sendo também criado um cartão especial para aqueles militares.
“A aprovação desta proposta de lei vem concretizar o reconhecimento do Estado português aos militares que combateram ao serviço de Portugal, fornecendo o enquadramento jurídico que lhes é aplicável e reunindo numa só peça legislativa o conjunto de direitos consagrados pela lei aos ex-militares ao longo do tempo”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
O diploma, é referido na nota, cria novos instrumentos, como o Plano de apoio aos Antigos Combatentes em situação de sem-abrigo, “destinado a apoiar o envelhecimento digno e acompanhado daqueles que serviram o país em teatros de guerra”.
Além disso, são também incorporados instrumentos de apoio económico e social desenvolvidos pelo Ministério da Defesa Nacional com “resultados comprovados”, nomeadamente a Rede Nacional de Apoio, o Plano de Acção para Apoio aos Deficientes Militares e o Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar.
É ainda criada uma Unidade Técnica Interministerial para os Antigos Combatentes para “coordenar a implementação do Estatuto, assim como o Cartão do Antigo Combatente, um documento pessoal e vitalício que, além do carácter simbólico, é também um instrumento de simplificação do acesso a direitos sociais e económicos consagrados na legislação portuguesa”.
No novo Estatuto de Antigo Combatente fica ainda definido que se passará a assinalar o “Dia Nacional do Combatente” em 11 de Novembro, data do armistício que pôs fim à I Guerra Mundial.
De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Defesa, o universo de antigos combatentes é atualmente de cerca de 485 mil cidadãos, com uma média de idades de 72 anos.