3 de Junho, dia que o calendário marcou mais um
aniversário da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil – 11 anos – que
o seu presidente da direcção, António José Vasconcelos, considerou que é graças
ao empenhamento diário de todos, bem como associados e amigos, que diariamente
cumprem a sua palavra para com a Associação, a fim de «fazer desta casa uma
casa grande, não só fisicamente, mas grande no nome para engrandecer o concelho
e todos aqueles que acreditaram e acreditam em nós».
E foi perante muitos combatentes, entre eles
representantes de Associações de outros concelhos, com ou sem estandartes, que
decorreu a abertura destas comemorações, na sede da Associação, que o
Presidente da Direcção afirmou ainda que a «Associação tem neste momento uma
marca histórica de determinação», que procura continuar, pois ela «é feita de
um grande trabalho de equipa nesta casa», e que «assim será nestes próximos
anos… depois, depois só Deus saberá». Não deixou António de Vasconcelos de
agradecer à Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, que em final de
mandato, muito contribuiu para que este sucesso fosse possível, esperando, no
entanto, que «continue a ajudar-nos» e também a Junta de Freguesia lhe mereceu
encómios pelo apoio prestado.
Sendo o Museu uma «arma» forte de recordações e
de afirmações, que tem sido elogiado pelos que nos visitam, agora mais
ampliado, o Presidente da Direcção não deixou de agradecer a altos comandos
militares a forma como participaram nesta riqueza histórico-militar, citando o
Tenente-General Campos Gil, ex-vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, agora na
reserva, e o Major Moreira da Silva, em serviço em Tancos. Não esqueceu o nosso
conterrâneo Tenente-Coronel Albino Tavares, «que igualmente nos tem ajudado no
então deficit de peças museológicas».
Para o presidente da assembleia-geral estes
encontros são sempre motivadores «para continuarmos a manter-nos de pé», onde o
diálogo, a amizade, a solidariedade são valores que todos mantêm e que os que
estiverem no Ultramar Português «parece que foram vacinados, porque hoje
mantemos energias para prosseguir». Depois de Abel Fernandes ter elogiado o
papel das mulheres em tempos de ausência em terras africanas, ali em grande
número, teve palavras amistosas para com o Presidente da Direcção, «homem
permanente», não esquecendo o tesoureiro José Gomes e toda a equipa, que têm
engrandecido «esta casa que só nos enriquece a todos». Também elogiou o papel
que o Eng. Ricardo Pereira Alves «em nos ter entregue esta casa, a par de
diversas contrariedades e em boa hora o fez» e por isso deixou o repto para
«que o seu nome seja perpetuado naquela casa».
Em representação da Junta de Freguesia de
Arganil, Pedro Alves relevou os valores porque todos, nessa altura defendiam,
que eram «os valores da nossa Pátria», e por isso «jamais se pode esquecer o
que vocês fizeram» e lamentou que não haja informação sobre este motivo, para
que «não se fale apenas de coisas que nos aterrorizam, mas de paz e de
concórdia».
Elogiando o mérito que todos tiveram em
transformar «esta casa em encontro e amizade», o Presidente da Câmara afirmou
que sempre «acreditei em todos vós a transformação deste espaço», louvou a
dinâmica que lhe foi dada, que reflecte a memória, dizendo que hoje o país que
temos em parte se deve aos Combatentes, e um povo que tem futuro tem memória,
defendendo causas, como «vocês as defenderam».
Proferidas palavras por Armando Nascimento, de
Pomares, de António Miranda, da Associação de Penacova e de Manuel Pereirinha,
da AVEC, a deixarem saudações à Associação aniversariante, e trocas de
lembranças, o Dr. Ferraz, da Associação de Tondela, a anunciar que no próximo
dia 1 de Julho a Associação de Combatentes de Arganil terá no seu reduto a
reunião da Federação Nacional de Combatentes, onde vão estar presentes todas as
Associações.
Após esta sessão, feita no átrio da Associação,
todos se dirigiram ao Sobreiral, onde foi prestada homenagem aos Combatentes do
Concelho que tombaram no conflito ultramarino, e onde foram depostas ramos e
palmas de flores, acto que foi seguido de um minuto de silêncio e cantado o
Hino Nacional. Proclamado cada um dos seus nomes com um «Presente!...», a
caravana seguiu para o Mont’Alto, em cujo restaurante se realizou o almoço de
convívio, que se prologou até tarde.
ZÉ DE VASCONCELOS
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