segunda-feira, 26 de junho de 2017

Mais um aniversário com muita vida e amizade

3 de Junho, dia que o calendário marcou mais um aniversário da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil – 11 anos – que o seu presidente da direcção, António José Vasconcelos, considerou que é graças ao empenhamento diário de todos, bem como associados e amigos, que diariamente cumprem a sua palavra para com a Associação, a fim de «fazer desta casa uma casa grande, não só fisicamente, mas grande no nome para engrandecer o concelho e todos aqueles que acreditaram e acreditam em nós».
E foi perante muitos combatentes, entre eles representantes de Associações de outros concelhos, com ou sem estandartes, que decorreu a abertura destas comemorações, na sede da Associação, que o Presidente da Direcção afirmou ainda que a «Associação tem neste momento uma marca histórica de determinação», que procura continuar, pois ela «é feita de um grande trabalho de equipa nesta casa», e que «assim será nestes próximos anos… depois, depois só Deus saberá». Não deixou António de Vasconcelos de agradecer à Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, que em final de mandato, muito contribuiu para que este sucesso fosse possível, esperando, no entanto, que «continue a ajudar-nos» e também a Junta de Freguesia lhe mereceu encómios pelo apoio prestado.

Sendo o Museu uma «arma» forte de recordações e de afirmações, que tem sido elogiado pelos que nos visitam, agora mais ampliado, o Presidente da Direcção não deixou de agradecer a altos comandos militares a forma como participaram nesta riqueza histórico-militar, citando o Tenente-General Campos Gil, ex-vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, agora na reserva, e o Major Moreira da Silva, em serviço em Tancos. Não esqueceu o nosso conterrâneo Tenente-Coronel Albino Tavares, «que igualmente nos tem ajudado no então deficit de peças museológicas».
Para o presidente da assembleia-geral estes encontros são sempre motivadores «para continuarmos a manter-nos de pé», onde o diálogo, a amizade, a solidariedade são valores que todos mantêm e que os que estiverem no Ultramar Português «parece que foram vacinados, porque hoje mantemos energias para prosseguir». Depois de Abel Fernandes ter elogiado o papel das mulheres em tempos de ausência em terras africanas, ali em grande número, teve palavras amistosas para com o Presidente da Direcção, «homem permanente», não esquecendo o tesoureiro José Gomes e toda a equipa, que têm engrandecido «esta casa que só nos enriquece a todos». Também elogiou o papel que o Eng. Ricardo Pereira Alves «em nos ter entregue esta casa, a par de diversas contrariedades e em boa hora o fez» e por isso deixou o repto para «que o seu nome seja perpetuado naquela casa».

Em representação da Junta de Freguesia de Arganil, Pedro Alves relevou os valores porque todos, nessa altura defendiam, que eram «os valores da nossa Pátria», e por isso «jamais se pode esquecer o que vocês fizeram» e lamentou que não haja informação sobre este motivo, para que «não se fale apenas de coisas que nos aterrorizam, mas de paz e de concórdia».
Elogiando o mérito que todos tiveram em transformar «esta casa em encontro e amizade», o Presidente da Câmara afirmou que sempre «acreditei em todos vós a transformação deste espaço», louvou a dinâmica que lhe foi dada, que reflecte a memória, dizendo que hoje o país que temos em parte se deve aos Combatentes, e um povo que tem futuro tem memória, defendendo causas, como «vocês as defenderam».
Proferidas palavras por Armando Nascimento, de Pomares, de António Miranda, da Associação de Penacova e de Manuel Pereirinha, da AVEC, a deixarem saudações à Associação aniversariante, e trocas de lembranças, o Dr. Ferraz, da Associação de Tondela, a anunciar que no próximo dia 1 de Julho a Associação de Combatentes de Arganil terá no seu reduto a reunião da Federação Nacional de Combatentes, onde vão estar presentes todas as Associações. 

Após esta sessão, feita no átrio da Associação, todos se dirigiram ao Sobreiral, onde foi prestada homenagem aos Combatentes do Concelho que tombaram no conflito ultramarino, e onde foram depostas ramos e palmas de flores, acto que foi seguido de um minuto de silêncio e cantado o Hino Nacional. Proclamado cada um dos seus nomes com um «Presente!...», a caravana seguiu para o Mont’Alto, em cujo restaurante se realizou o almoço de convívio, que se prologou até tarde.


ZÉ DE VASCONCELOS 


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