quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Amigo e sócio da Associação não resistiu às garras da morte



Decorria o dia 3 de Janeiro e a parte da tarde foi fatal para um sócio e amigo da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil. Doença cerebral (aneurisma) não permitiu que ANTÓNIO MANUEL BRÁS, com apenas 57 anos de idade, continuasse a gozar as nossas instalações e a participar nas organizações da Associação, como tinha participado, com a família, na Passagem de Ano, com tanta alegria, tanto regozijo. Foi a enterrar no dia 9 deste mês de Janeiro. Militar garboso da Guarda Nacional Republicana, tinha em 2012 passado à reserva. Centenas de pessoas, entre elas camaradas da GNR, antigos comandantes e outros superiores que com ele privaram, estiveram presentes, tanto no velório, realizado na capela de Nossa Senhora da Luz, nas Barras, terra onde tinha vivia, como depois no funeral, em direcção ao cemitério da sede da sua freguesa, Candosa, pois era natural de Várzea.


Dois momentos impressionaram a enorme multidão. Primeiro, o transporte da urna, que ia coberta pela Bandeira Nacional, pela farda de gala e da boina de paraquedista, pois o Brás também se honrava de ter pertencido aos boinas-verdes, por amigos e antigos colegas do Posto da GNR de Tábua, em cujo quartel permaneceu mais de vinte anos, depois de ter passado por Alpedrinha e Arganil; segundo, quando o caixão baixou à terra o som estridente das salvas de tiros verificados. Esta situação impressionou bastante, porque a maior parte, sobretudo os que se envolveram na chamada Guerra do Ultramar, sabe avaliar o que foram e são estes momentos. Não houve ninguém que não vertesse lágrimas de amargura e de dor, tanto mais que o António Brás foi sempre um militar e cidadão íntegro, honesto, humilde, coração bondoso, um bom conselheiro, amigo do seu amigo. Por isso é que a esposa, Dr.ª Margarida Alexandra Lourenço Almeida Travassos Vasconcelos e Brás, antes do ataúde ser levado para a sepultura, em breves palavras, vincou isso mesmo: que todos lhe sigam o exemplo, pois ele sempre defendeu e cumpriu com orgulho, honra e humildade o desígnio da GNR: a Lei em prol da Grei.






Recorde-se que o Brás foi também caçador e motard e por isso estas duas facetas também lhe granjearam muitas amizades, para além de ter pertencido às forças especiais da GNR, durante quatro anos.
E para que fique vincado o que na verdade foi a figura do GNR António Brás, aqui fica o louvor que lhe foi conferido em 13 de Julho de 2006.
É um louvor que honra qualquer cidadão militar, da forma como é lavrado, contendo uma leitura muito honra e dignifica a quem é dirigido.
Numa atitude louvável, a viúva de António Brás ofereceu a boina dos para-quedistas à Associação, a qual vai ficar em lugar especial, bem como o louvor, enriquecendo assim o já importante e diversificado museu que a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil.
Numa atitude louvável também, a Associação, em reunião recente, aprovou um voto de pesar em memória de António Brás, que ficou exarado em acta.


Também os corpos sociais da Associação estiveram em peso no acompanhamento do malogrado Brás, à sua última morada.

Zé Vasconcelos

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Fim de Ano 2013 - 2014



Mostra fotográfica deste evento da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil.