As cerimónias ocorreram no domingo, 22 de Maio. Começaram na sede, com a oferta de um forte matabicho, fazendo com que, a maior parte dos convidados, sócios e amigos da Associação, desfrutassem das obras que na «Casa do Cantoneiro» foram feitas, com modificações de relevo, tendo em atenção, futuramente o chamar à leitura, com a introdução de uma biblioteca, porque sala já existe. Além do mais, o presidente combatente deixou a nota de que haverá mais material, que foi de guerra, para enriquecer o património museológico da Associação, havendo já ordens e por indicação do ex-Vice-Chefe do Estado-Maior, Tenente-General Campos Gil, há já peças à ordem da Associação para serem trazidas do Entroncamento, por ordem do Capitão Moreira da Silva, estando somente à espera do dia para que essa transferência se faça. E neste andamento, António Vasconcelos disse que «o nosso Exército, afinal, não nos abandonou, continuando connosco desta forma», e ao saudar terminou salientando a presença e um especial agradecimento aos nossos convidados provenientes de diversas regiões do país», salientou estar convicto que «é desta forma que continuaremos a enraizar e a fortalecer as nossas amizades, enquanto Deus nos der forças para isso». A concluir, deixou uma nota de um colaborador de A COMARCA DE ARGANIL, Vítor Cândido, que numa das suas crónicas e referindo-se às festas dos Combatentes, escreveu: «Os almoços da tropa, como é conhecido o convívio dos militares, antigos combatentes da guerra colonial, é sempre uma jornada de enorme confraternização, onde se cultivam sólidas amizades e se recordam momentos vividos e peripécias inesquecíveis. Só quem foi Combatente saberá dar apreço ao que significa para nós estes convívios e o que caracteriza a amizade e o companheirismo dos camaradas de armas, verdadeiros amigos de peito. Até parece que à medida que o tempo passa e avançamos na idade a nossa sensibilidade se acentua».
Abel Fernandes, um combatente que também está dentro das coisas de Arganil, da sua terra, e que é presidente da assembleia geral, não deixou de saudar todos com um abraço do tamanho do mundo, sendo gratificante, como disse, saber viver com a nossa idade, teve palavras também para as rosas que estavam presentes, que sempre estiveram na retaguarda, dando o seu apoio, elogiou o trabalho da equipa directiva que tem feito muito por aquela casa, «uma grande equipa, com empenho, com garra», e «quando temos pessoas timoneiras, que gostam de ver as coisas ir para a frente», as palavras são poucas para as poder espelhar.
O presidente do conselho fiscal, José Carlos Trindade Ventura, falou de quando foi promotor da criação do Núcleo, que depois se formou em Associação, tendo ido para os Paços do Concelho, com a sua 4L reunir companheiros para que esta força solidária fosse um êxito, que acabou por ser, e o representante da Associação de Penacova, o seu fundador, Alfredo Fonseca, referiu-se aos tempos idos, em que a maior parte da juventude passou por terras africanas, cujas vicissitudes eram por vezes negativas, e é sempre bom, como disse, encontrarmo-nos neste e noutros convívios, vivendo estes momentos maravilhosos de amizade e solidariedade, dentro de uma paz que nos motiva; e deixou a notícia que o dia 17 de Setembro será a comemoração do aniversário da sua Associação.
Armando Mendes Lopes, representante da Freguesia de Arganil,não sendo um combatente das guerras do passado, em terras africanas, contudo, lembra-se falar dos que iam para defender a Pátria, dizendo que «o país não pode debelar as suas dívidas que tem para com a maior parte dos Combatentes» e que «Arganil muito lhes deve». Recorde-se que Junta de Freguesia tem dado o seu apoio, dentro das suas possibilidades, à Associação.
Se a Câmara Municipal tem sido uma parceira na melhoria da Casa do Cantoneiro, sobretudo no seu arranque inicial, o seu presidente, Eng. Ricardo Pereira Alves, vincou mesmo isso, elogiando o trabalho que posteriormente ali tem sido feito, e toda esta envolvência é a afirmação e grandeza do nosso concelho e a defesa da nossa Pátria, desejando a todos as maiores felicidades para o futuro.
Findas as cerimónias na sede, todos se dirigiram ao Memorial, no Sobreiral, onde as diversas representações de Associações, quer de Coimbra, de Góis, Pampilhosa da Serra, Tábua, de Viseu e Tondela, de Mangualde e Vila do Conde, e muitas pessoas outras pessoas estiveram em grande número. A par da deposição de coroas e ramos de flores no sopé do monumento, foi lido o nome de cada um dos combatentes do concelho falecidos em combate, seguido de um Presente bastante forte. Cantado o Hino Nacional, todos se dirigiram ao nosso maravilhoso Mont’Alto, em cujo restaurante foi servido um bem confeccionado almoço a 120 convivas.
ZÉ VASCONCELOS