A morte do José André, na sexta-feira, dia 29 de Abril de 2022, deixou-nos sem forças nas pernas para andar, tal a amizade que nos unia.
Um pouco de história recente: tentei falar com ele, vídeo conferência, mas quem atendeu foi a esposa, informando-me que o Zé estava internado no hospital e não estava muito bem, dizendo-me para falar para o número de telefone que eu sabia, que ele atende. Foi o que fiz e atendeu-me: voz rouca, agastada. Fiquei preocupado.
Comuniquei-lhe que iríamos ter uma reunião dos órgãos sociais da Associação, quinta-feira e queria a sua presença (brincando). Ele respondeu-me: «As minhas reuniões acabaram e já que vais ter a reunião da malta (como nos identificava), quero que dês um abraço a todos eles». Despedi-me dele para sempre nesse dia sem saber.
Quem diria, José, que eram os últimos momentos e as palavras que dirigistes a todos nós, e que eu transmiti a todos nessa reunião e mal sabíamos que dois dias depois morrias. Parece que adivinhaste…
Não serás esquecido, porque foste sempre aquela pessoa grata, humilde e amiga de ajudar, e pessoas como tu não podem, não devem ser esquecidas nunca.
Lembrando algumas proezas das nossas constantes “operações” em tua casa, no Sarzedo, e quando não podia estar presente, dizias: “Não estás presente, levas uma “porrada”. Era assim o nosso grande amigo Zé André, que tinha sempre algo para nos oferecer e logo a seguir a cartada da ordem…
Não posso esquecer quando solicitava a sua presença para nos acompanhar nos aniversários das Associações de Combatentes, a nível do país, transportando o nosso Guião. Nunca recusava e aonde granjeávamos grandes amizades, inclusivamente entre paraquedistas, arma a que pertencia.
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