sexta-feira, 15 de junho de 2018

Combatentes de Arganil tiveram grande festa pelos seus 12 anos de vida


Ocorrida no dia 27 de Maio de 2018, a festa dos 12 anos da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, como habitualmente, iniciou-se a partir das 10 horas, com a concentração na sede da Associação; e enquanto não era chegada a hora para seguir até ao Bairro do Sobreiral, onde se encontra o Memorial, houve o matabicho, bastante apetitoso, aliás, seguindo-se depois as intervenções. Foram mais de 130 convivas que acorreram ao Bairro do Prazo, a fim de celebrarem os 12 anos de existência da Associação de Combatentes do Concelho de Arganil. E esta celebração teve mais luzimento com a presença de outras Associações, em número de 13, cujas representações vieram de norte a sul do país.


Na oportunidade, o presidente da assembleia geral da Associação, Abel Fernandes, tendo também a representação da Rádio Clube de Arganil, regozijou-se por ver ali grande número de representações, sinal de que a Associação de Arganil tem prestígio para lá das suas fronteiras, graças ao trabalho que a Direcção, «estes rapazes, mantêm esta casa com brio e honra» e ao ver agora aquele edifício da forma como se encontra, com um museu que é uma das grandes valias da memória de tempos que serão memória, disse ser «um orgulho e uma forma de cativar os que vêm de longe e de perto». Saudando de forma especial as mulheres, as rosas de uma juventude que muito a ajudaram em tempos difíceis, não deixou de recordar que «a nossa padroeira, Nossa Senhora do Mont’Alto, foi sempre uma companheira nos bons e nos maus momentos».
Por sua vez, o Presidente da Direcção, António José Vasconcelos, afirmou que «todos, em esforço, vivemos esta casa para vos receber», tanto mais que «o Combatente é já uma mística», pois proporciona que a estes convívios os Combatentes sejam acompanhados por filhos e netos. Por isso, como disse, «é esta a vivência de 12 anos que queremos manter, dentro daquele esforço que é necessário viver para dar seguimento a esta casa». Saudando com amizade as Associações que vieram até a Arganil, realçou que «estes momentos são importantes para esta casa, para todos vós e nós, vivendo-a com entusiasmo e alegria». A terminar, o presidente da direcção não esqueceu o papel que a imprensa de Arganil (falada e escrita) tem representado para a divulgação das actividades da Associação, desde a sua fundação.


Representantes de Associações usaram da palavra, como António Miranda, de Penacova, Dr. Morais, de Viseu e António Carvalho Nunes, de Tábua, os quais deixaram observações quanto ao esquecimento dos Combatentes por parte do Governo, de uma luta que vem de longe, sobretudo na conquista do Cartão do Combatente, que daria algumas regalias particularmente no âmbito da saúde, em termos de taxas moderadoras e nas bonificações em relação ao IRS.
E deixaram claro que o Combatente, embora em tempo de paz, continua a lutar não com armas, mas com gestos que lhes proporcione mais justiça e por isso é necessário estarem unidos para continuar a sua história.
As palavras do presidente da Junta de Freguesia de Arganil foram de elogio para a Associação aniversariante, que felicitou pela paixão como encara estas manifestações, reconhecida e patenteada pelo número de representações de outras Associações, «vê-se que há um intercâmbio forte que continua a unir esta mocidade de outrora», deixando ainda a nota João Travassos, que «será bom que o Poder Central tenha um mínimo de reconhecimento por esta gente, já que o merecem pelos sacrifícios que passaram».
Sendo filho de um combatente arganilense, o saudoso Luís Seiroco, que faleceu anos mais tarde por doença, o vereador Eng. Luís Almeida, não deixou de, emocionado, recordar os episódios vividos em Moçambique, contados por seu pai, e por isso sentir o que de facto representa para todos os Combatentes esta Associação, a qual «tem uma importância acrescida para o concelho», orgulhando-se também a forma como todos trabalham por ela, salientando dois sinais importantes que «muito nos orgulha: o Museu e o Memorial». Realçando o convívio, o sentido de partilha, de amor e de histórias contadas, que nem de perto nem de longe viveram, mas que as ouvem contar, Luís Almeida disse que embora mais jovem, «temos que reconhecer o papel do Combatente», e em relação ao poder central afirmou que «não desistam de lutar pelo que o passado vos deve». Por tudo o que tem feito, referiu que o Município sabe retribuir o mérito de quem leva bem longe o nome de Arganil e saudando todos, afirmou: «Voltem sempre a Arganil, porque esta gente sabe bem receber».








Ao chegar ao Memorial, procedeu-se à deposição de ramos e palma de flores no sopé do Memorial, onde estão inscritos os combatentes do concelho que morreram em combate nas três frentes ultramarinas. Depois de terem sido proclamados os seus nomes, como o habitual grito «Presente!», cantou-se o Hino nacional, seguindo-se depois para o Mont’Alto, onde o Restaurante Pahlato, como sempre, mimoseou de forma fidalga, os convivas. E a festa terminou em beleza, com o corte e partilha do bolo de aniversário.
Como referimos atrás foram 14 as Associações representadas no 12.º aniversário da Associação de Combatentes de Arganil: ACUP, de Castelo de Paiva; ADFA, de Viseu; AFECC (Filhos da Escola), de Cantanhede; de Tábua, Pampilhosa da Serra, Penacova, Mangualde, Tondela, Via do Conde; AVECO, da Lourinhã; Delegação de Comandos de Viseu; Góis; Núcleo de Marinheiros de Aveiro. Representado também o Núcleo Sporting de Arganil.



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