A Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, num feito
que muitos deviam ter em consideração, requalificou a Casa do Cantoneiro,
transformando-a em sua sede. Foram dezenas de milhares de euros que foram
necessárias para cobrir as despesas. Com esforço e muita luta, com iniciativas
pelo meio, foi conseguida a meta, tendo inclusivamente, na altura, todos os
elementos ligados aos corpos sociais pago cinco anos de quotização para saldar
as contas.
Está ali um edifício que, pelo seu emblemático valor, se não
fosse a nossa Associação, hoje estaria no charco, em
plena ruína. Tudo feito por amor a duas causas: em não deixar esquecer o feito
do Combatente e em preservar um monumento dedicado ao Cantoneiro, aquela figura
incontornável que se via ao longo das estradas, cuidando delas.
Passado à parte do alojamento e ao seu embelezamento, com
material que chama a atenção de quem passa, não falando do museu que está
patente quem o queira visitar, veio o Memorial. Numa primeira fase a construção
aconteceu e numa segunda fase, com total requalificação, foram gastos mais
algumas dezenas de milhares de euros.
Como as receitas obtidas para essa requalificação ainda não
chegam para sanar as despesas que foram feitas e embora as autarquias, para uma
e outra situação, tenham contribuído com algum apoio, a Associação leva a
efeito o habitual Magusto, no dia 16 de Novembro, a partir das 16 horas, na
sede. Como este convívio tem um paladar diferente, que é angariar fundos para
auxiliar a diminuição do débito em causa, espera-se que os sócios e amigos, que
são muitos, estejam presentes para dizerem que estão com a sua Associação, já
que esta não está a trabalhar numa causa individual, está a trabalhar, isso
sim, na valorização de Arganil e do seu concelho, pois através das suas
organizações e das obras que tem feito, eleva e releva o nome dos arganilenses.
Ultimamente, com as modificações operadas, tanto na Sede,
como no Memorial, outros Combatentes, sejam do Exército, seja da Marinha ou da
Aviação, de patentes superiores no activo ou mesmo já fora dele, têm visitado
as duas frentes de memória ou seja o Museu e o Memorial. Vão encantados e
prometem voltar e mesmo organizar aqui os seus convívios.
Porém, as autarquias deviam ter mais atenção ao esforço
destes voluntários, que afinal estão a trabalhar não para si mas para o
engrandecimento público, com marcas que enobrecem a comunidade e não apenas uma
Associação. Por isso, devia haver uma maior ajuda, mais justa, e não ser
necessário andar a mendigar meios que afinal são de todos e para todos.
Não haja dúvida que Arganil, com a constituição da Associação
de Combatentes do Concelho de Arganil, viu mais dois monumentos erigidos, já
que a vila não tem muito mais para mostrar…
JOSÉ VASCONCELOS
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