segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NOITE BRANCA


Mais um evento organizado pela nossa Associação.

Obrigatório levar uma peça de roupa branca VESTIDA

MEGA MAGUSTO

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Combatentes de Tábua honraram os seus camaradas mortos

No seu 5.º Convívio

Combatentes de Tábua honraram os seus camaradas mortos

É usual a Associação de Combatentes do Concelho de Tábua celebrar anualmente o seu aniversário no dia da implantação da República, acontecimento histórico ocorrido no 5 de Outubro de 1910.

Foi em data tão marcante da história pátria que o País teve uma nova vida, vida que se prolongou no tempo, sem que ao longo de décadas os caminhos não tivessem espinhos, que aqui e acolá não tenham sido sanadas algumas feridas, mas que, entretanto, outras fossem abertas, que durante anos minou a juventude portuguesa. Primeiro foi a I Grande Guerra, que atirou para as trincheiras de Flandres, em França, durante quatro anos, os jovens dessa altura; e posteriormente, passados que foram 43 anos, mais propriamente em 1961, nova afronta minasse a juventude portuguesa, com a iniciação da denominada Guerra do Ultramar, que se iniciou na Índia e se estendeu depois às colónias de Angola, Moçambique, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor.

Até 1974 foi uma guerra que deixou marcas na Juventude Portuguesa. Passados 50 anos, essas mazelas ainda permanecem nalguns desses jovens – hoje já septuagenários ou sexagenários – ou vieram mutilados e minados pelo chamado Stress de Guerra, enquanto alguns milhares não chegaram a ver a sua terra, a sua família, os seus amigos. E são esses, que verteram sangue em defesa da Pátria, que as diversas Associações de Combatentes tentam, ao longo dos tempos, recordar a sua memória, erigindo monumentos ou incluindo os seus nomes nas toponímias da aldeia que os viu nascer e viu crescer, até que um dia abalaram para uma guerra que não era sua, mas que envolvia a defesa da soberania nacional, cuja Pátria antes tinha já dado heróis nas diversas contendas desde o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

Só que, passados estes anos, os diversos Governos da Nação tentaram encobrir a Guerra do Ultramar, esquecendo os que tudo deram, tendo apenas como conforto e ânimo os símbolos fortes da Bandeira e do Hino Nacional.

Aliás, nestas comemorações, depois de António Carvalho Nunes, Presidente da Associação de Combatentes do Concelho de Tábua, ter pronunciado algumas palavras sobre o momento e deixado alguns alertas em defesa daqueles que ainda sofrem, não esqueceu os soldados fortes que ali têm inscritos os seus nomes em placa bem visível, os quais leu individualmente, em voz alta, e que toda a assistência retorquiu: “Presente”!... É por eles (os 21 soldados que ali têm o seu nome), como disse, que “estamos aqui, para que a sua memória não seja esquecida”.

Também o Presidente da Câmara de Tábua, Eng. Ivo Portela, ao falar dos valores que a República introduziu no Pais, elogiou a bravura dos nossos Combatentes, sendo obrigação da autarquia “em manter viva a chama que recorda aqueles que morreram pela Pátria”.

Após a colocação de coroas e ramos de flores no monumento, por Associações presentes e familiares, o edil tabuense convidou todos a assistir ao simbolismo do hastear da Bandeira e ao toque do Hino Nacional, cerimónias que ocorreram nos Paços do Município, com a participação da Fanfarra dos Bombeiros locais e da Tuna Mouronhense.



As cerimónias do 5.º Convívio da Associação prosseguiram na Carapinha. Levada a efeito uma romagem ao cemitério, na igreja matriz foi celebrada missa em louvor dos mortos, pelo Padre Manuel Paiva, que enalteceu também o papel dos bravos soldados portugueses em terras africanas. Depois, no triângulo que dá acesso à povoação, após alindamento, foi ao Largo dado o nome dos Combatentes, iniciativa que partiu da Junta de Freguesia, e que, por isso, o seu Presidente, António Esteves, em breves palavras, salientou o forte simbolismo contido naquele espaço, que a partir d’agora evoca a memória não só dos Combatentes da Freguesia, mas também do País.

Depois, teve lugar o almoço de confraternização, na sede da Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Carapinha, repasto que foi bem servido pelo Restaurante “Manjar”, de Arganil.

No final ainda houve tempo para alguns oradores marcarem com as suas intervenções o forte apego que todos têm nestes momentos de convívio, marcados através de conversas saudosas de outros tempos. Se Rogério Neves, presidente da colectividade, dispôs as instalações para mais iniciativas do género, o Presidente da Associação de Arganil, Leonel Costa, teceu fortes críticas à forma como “os altos comandos” vêem o Combatente, sobretudo aquele que sofre ainda na carne as agruras desse tempo, e Fernando Carvalho Andrade, Presidente da Assembleia-Geral da Associação de Tábua, teceu algumas considerações sobre o Combatente, quer o que combateu na Flandres, quer o que combateu em África, sendo de opinião que todos são Combatentes e por isso todos merecem respeito.

O momento terminou com música, graças à participação da Escola de Música da Moita da Serra.

O 6.º Convívio da Associação de Combatentes do Concelho de Tábua, segundo o seu Presidente de Direcção, terá lugar, em 2011, em Póvoa de Midões.

Visita ilustre entrou na “Casa do Cantoneiro”

No início de Setembro a nossa sede teve uma visita ilustre, que muito honrou a Associação.
Os Combatentes, Directores Leonel Costa, José Augusto Gomes e Romão Mateus, serviram de anfitriões ao Comandante António José Costa Mateus, um arganilense que singrou na Marinha, chegando ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Aliás, a “Casa do Cantoneiro” é também um símbolo forte para o Comandante Mateus, pois foi no Bairro do Prazo que nasceu e cresceu e se habituou a conviver também com o Cabo Cantoneiro Casimiro, esposa e filhos.
A visita proporcionou ao ilustre filho deste chão arganilense verificar o que a Associação fez no espaço, cujo museu apreciou e elogiou com vivacidade. Registe-se que o Comandante Mateus foi um dos fortes propulsores para que a Marinha estivesse bem representada na nossa sede. Mesmo assim prometeu continuar com o seu apoio.
Já agora, recordamos que o Comandante Mateus era filho do grande industrial de Arganil, António Mateus, construtor do prédio sito na Avenida José Augusto Carvalho, em cujos baixos funcionou a sua mecânica e na parte de cima instalou as bombas de combustíveis, ainda existentes.
Quando vier à sua e nossa terra, cá estaremos para o abraçar novamente, Comandante Mateus!

Banda do Exército em Oliveira do Hospital

Como se trata da Banda do Exército, da Região Militar do Norte, não será descabido incluir nesta rubrica a sua presença no fecho das cerimónias do feriado municipal de Oliveira do Hospital, actos que evocaram também os 100 anos da implantação da República.

Foi na Praça do Município que se evocou a República e na Praça Ribeiro do Amaral as restantes cerimónias, tendo pelo meio o hastear da Bandeira Nacional, uma gigante bandeira, diga-se, que antes de subir ao mastro teve sob as suas cores centenas de crianças, que ao mesmo tempo entoaram o nosso Hino, tocado pela maravilhosa Banda do Exército.

Registe-se ainda que na parte da manhã, em sessão solene, foram homenageados personalidades que em diferentes sectores da vida local evidenciaram as cores das comunidades Oliveirenses. Foram eles: Aristides Gonçalves Costa, de Avô; Correia Dias, de Seixo da Beira; Carlos Pires e a Associação Recreativa e Desportiva de Nogueira do Cravo.