Tendo como pensamento a justiça e a gratidão, a Associação de Combatentes do Concelho de Arganil, em reunião directiva, deliberou desenvolver mecanismos que levassem ao enobrecimento da memória de Fernando da Costa Vasconcelos, Arganilense que a maior parte da sua vida, nas diversas fases da mesma, teve sempre ao peito, bem apegado, o brasão da sua terra – Arganil.
Esses mecanismos iniciaram-se com o envio de uma moção à Junta de Freguesia de Arganil, pedindo a esta autarquia a inclusão do nome do “Fernando Marinheiro” na toponímia da vila.
Se a petição teve o acordo unânime da Assembleia de Freguesia, o mesmo aconteceu com a Câmara Municipal, que em reunião camarária deliberou que sim, que fosse dado o nome de Fernando da Costa Vasconcelos a uma rua da vila. Os vereadores elogiaram a ideia e enalteceram a proposta, com palavras amistosas em relação ao “Marinheiro”, pois todos, unanimemente, concordaram ter sido um arganilense de gema.
Marinheiro na Índia, em 1961, foi tripulante do “Afonso de Albuquerque”, barco que os indianos bombardearam e levaram ao fundo. A maior parte da tripulação, que chegou a terra a nado, foi detida e durante dolorosos meses esteve num campo de concentração. Um desses detidos foi Fernando Vasconcelos, que ao regressar a casa, situada no Largo da Fonte da Bica, antes de receber os abraços dos inúmeros amigos que o aguardavam, saiu do carro que o trouxe e em calções desatou a correr em direcção ao Santuário do Mont’Alto, onde foi agradecer à nossa Padroeira o seu regresso.
Passado este momento marcante, que iria repetir-se noutras ocasiões, com a chegada de África de outros combatentes, o Fernando passou a ser conhecido por “O Marinheiro”. Nas suas andanças pelo mundo, como tripulante de navios, deixou sempre o seu nome ligado, quer fosse de forma mais calma, quer fosse em ocasiões em que a bebida já ditava leis. Mesmo assim, “O Marinheiro”, onde quer que se encontrasse, trazia sempre ao peito a grandeza da sua terra, dos seus conterrâneos.
Foi um dos que deu grande nome ao Parque de Campismo de Arganil. Através dos seus conhecimentos muitos estrangeiros, sobretudo ingleses, passaram pelo parque gozando durante dias as belezas da região. Com eles fazia excursões pela Serra.
No campo político, nunca rejeitou o “seu” PPD-PSD. A bandeira laranja esteve sempre no mastro mais alto do seu pensamento. Com outros “históricos”, participou na constituição da Comissão Política após o 25 de Abril de 1974.
Se os pais e irmãos para ele foram a amizade do lar, pelos primos e tios nutria uma afeição especial e exemplar, espelhando com esse trato quem era, de facto, o “Fernando Marinheiro”. Como ele tinha tantos amigos e com eles viveu jornadas maravilhosas de convívio…
Foi deliberado, então, que o nome do Fernando Vasconcelos seja colocado em lápide no Bairro da Barreira, na Quelha, local onde o “Marinheiro” nasceu e viveu durante muitos anos com a sua avó Henriqueta. Nesse tempo, era alcunhado também por “Russo”, pelo seu feitio irrequieto e aventureiro.
Como a gratidão é um dom que nem todos sabem quanta grandeza encerra (mas em Arganil, felizmente, ainda há gente com capacidade para a discernir), ela vai ter mais uma vez o seu ponto alto no 1.º de Dezembro, com o descerramento da placa que, doravante, fará parte da toponímia de Arganil. Se esse dia, do ano longínquo de 1640, se celebra a Restauração da Coroa Portuguesa, não passa despercebido o papel de Miguel Vasconcellos na revolução. Se este foi apelidado de traidor, o “seu primo” Fernando Vasconcelos (só com um L) é apelidado de herói da Pátria, bem como outros combatentes, mas logo foram ignorados e abandonados, sem apoios, sem uma palavra de estímulo. Só por isto, a escolha do dia tem a sua lógica… um dia que terá um sentido especial para Arganil, ao fazer justiça a um filho que, não tendo cursos superiores, soube honrar a sua terra com outras formas de actuação, deixando marcas positivas que tiveram somente a elevação do berço natal e que hoje os seus conterrâneos reconhecem afirmativamente.
Passado este momento marcante, que iria repetir-se noutras ocasiões, com a chegada de África de outros combatentes, o Fernando passou a ser conhecido por “O Marinheiro”. Nas suas andanças pelo mundo, como tripulante de navios, deixou sempre o seu nome ligado, quer fosse de forma mais calma, quer fosse em ocasiões em que a bebida já ditava leis. Mesmo assim, “O Marinheiro”, onde quer que se encontrasse, trazia sempre ao peito a grandeza da sua terra, dos seus conterrâneos.
Foi um dos que deu grande nome ao Parque de Campismo de Arganil. Através dos seus conhecimentos muitos estrangeiros, sobretudo ingleses, passaram pelo parque gozando durante dias as belezas da região. Com eles fazia excursões pela Serra.
No campo político, nunca rejeitou o “seu” PPD-PSD. A bandeira laranja esteve sempre no mastro mais alto do seu pensamento. Com outros “históricos”, participou na constituição da Comissão Política após o 25 de Abril de 1974.
Se os pais e irmãos para ele foram a amizade do lar, pelos primos e tios nutria uma afeição especial e exemplar, espelhando com esse trato quem era, de facto, o “Fernando Marinheiro”. Como ele tinha tantos amigos e com eles viveu jornadas maravilhosas de convívio…
Foi deliberado, então, que o nome do Fernando Vasconcelos seja colocado em lápide no Bairro da Barreira, na Quelha, local onde o “Marinheiro” nasceu e viveu durante muitos anos com a sua avó Henriqueta. Nesse tempo, era alcunhado também por “Russo”, pelo seu feitio irrequieto e aventureiro.
Como a gratidão é um dom que nem todos sabem quanta grandeza encerra (mas em Arganil, felizmente, ainda há gente com capacidade para a discernir), ela vai ter mais uma vez o seu ponto alto no 1.º de Dezembro, com o descerramento da placa que, doravante, fará parte da toponímia de Arganil. Se esse dia, do ano longínquo de 1640, se celebra a Restauração da Coroa Portuguesa, não passa despercebido o papel de Miguel Vasconcellos na revolução. Se este foi apelidado de traidor, o “seu primo” Fernando Vasconcelos (só com um L) é apelidado de herói da Pátria, bem como outros combatentes, mas logo foram ignorados e abandonados, sem apoios, sem uma palavra de estímulo. Só por isto, a escolha do dia tem a sua lógica… um dia que terá um sentido especial para Arganil, ao fazer justiça a um filho que, não tendo cursos superiores, soube honrar a sua terra com outras formas de actuação, deixando marcas positivas que tiveram somente a elevação do berço natal e que hoje os seus conterrâneos reconhecem afirmativamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário